Situação econômica do país preocupa parlamentares

Deputados do partido participaram, nesta terça-feira (29), do seminário Brasil Novo para discutir a atual situação da economia brasileira, projeções e medidas para impulsioná-la.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, que participou da mesa de abertura, disse que o governo está trabalhando para “criar condições para que a inflação seja a menor possível”, mas reconheceu que houve aumento nos preços. O ministro afirmou que o governo está confiante e projeta um crescimento de 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, 3% em 2015 e 4% em 2016 e 2017.

Deputado Júlio César (PI) - Foto: Cláudio Araújo

Júlio César (PI), vice-líder do PSD, criticou a apresentação do ministro e afirmou que o país não tem apenas números positivos. “O nosso saldo da balança comercial está negativo, o percentual de beneficiados pelo seguro desemprego cresceu mais que o de empregos e a renda do nordestino continua estagnada”, afirmou o parlamentar. Segundo ele, o aumento da exportação de commodities e importação de produtos acabados está inibindo o crescimento da indústria brasileira e gerando empregos para outras nações em detrimento do Brasil.

O deputado José Humberto (MG) também demonstrou preocupação com o setor industrial. “Na economia não existe mágica. Precisamos, urgentemente, de produtividade. Sem isso, não somos competitivos. A solução está em investimentos maciços em infraestrutura, energia, portos, rodovias, telecomunicação e educação. O Estado tem que ser eficiente na condução desses mecanismos”, afirmou.

“Estamos vendo, no dia-a-dia, os preços subirem e a inflação, lamentavelmente, chegando a 6,5%. Não temos mão de obra qualificada, a carga tributária é alta e existe uma série de processos burocráticos travando um bom desempenho das atividades econômicas”, avaliou o deputado Junji Abe (SP), vice-presidente da comissão do Código Comercial.

O evento foi uma realização conjunta das comissões de Finanças e Tributação (CFT); Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio (CDEIC); Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC); e da Comissão Especial do Novo Código Comercial. Contou ainda com a participação de representantes do empresariado urbano e rural e de vários setores do governo federal.

Verônica Gomes

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