O Plenário aprovou, nesta terça-feira (8), o Projeto de Lei (PL) 4.639/16 que autoriza a produção e o uso da fosfoetanolamina sintética, substância também conhecida como a ‘pílula do câncer’. O vice-líder do PSD, deputado Joaquim Passarinho (PA), se posicionou a favor da liberação do medicamento para os pacientes. “O câncer não espera, as pessoas que estão lutando contra a doença têm pressa. Famílias padecem e nós, neste momento, podemos dar este fio de esperança para quem só quer viver”, defendeu.
O fosfo foi desenvolvido pelo professor e pesquisador do Instituto de Química de São Carlos (IQSC), da Universidade de São Paulo (USP), Gilberto Chierice, com outros seis cientistas. A substância ainda é alvo de estudos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Recentemente, a universidade passou a liberar o composto apenas mediante ordem judicial, já que a substância não é registrada na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como medicamento e, dessa forma, não pode ser produzida em larga escala.
Mas, pacientes que fizeram o uso da substância relataram melhoras significativas no quadro clínico e até mesmo uma remissão dos efeitos provocados pela doença. “Uma tia minha faleceu ano passado antes que eu conseguisse ter acesso à pílula. Sabemos que ainda não há nenhum estudo comprovando a eficácia, mas existem testemunhos de que ela pode reverter alguns casos da doença. Sou favorável à liberação até que os estudos sejam finalizados”, declarou Stefano Aguiar (MG) que assinou sua ficha de filiação ao PSD na tarde desta terça-feira (8).
A proposta segue agora para análise do Senado Federal.
Renan Bortoletto