No Dia de Combate à Tuberculose, Antonio Brito cobra investimentos para evitar a doença

A incidência de tuberculose tem aumentado no Brasil e esse crescimento no número de casos reflete no crescimento geral da doença na região das Américas. O líder do PSD na Câmara dos Deputados, Antonio Brito (BA), divulgou esses dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), ao defender o aumento nos investimentos para o combate a essa enfermidade infectocontagiosa.

Deputado Antonio Brito (BA). Foto: Cláudio Araújo

Em discurso no Plenário da Câmara neste 24 de março, Dia Mundial de Combate à Tuberculose, o deputado – que também é coordenador da Frente Parlamentar pela Luta contra a Tuberculose – explicou que o impacto da doença está relacionado ao perfil socioeconômico de cada país: quanto mais pobre a população, maior o número de casos.

Brics
Segundo ele, o Brasil continua como uma das nações com a mais alta carga da enfermidade, com quase 4.500 mortes por ano. Somente os integrantes do Brics (Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul) são responsáveis por quase 50% do total de casos de tuberculose notificados no mundo. A pobreza, e outros problemas relacionados, como condições de moradia, desnutrição, escolaridade são determinantes sociais.

“Assim, é importante que sejam implementadas políticas públicas de proteção social como medida para a redução do número de casos de tuberculose. A situação econômica da família tem relação, inclusive, com a adesão ao tratamento necessário para superação da doença. Se houver descontinuidade no cuidado, o processo de cura do paciente fica prejudicado, além de aumentar o risco de desenvolvimento de resistência bacteriana”, ressaltou.

Assim, de acordo com o líder, é preciso priorizar o combate à tuberculose principalmente em populações vulneráveis, como presos, moradores de rua, indígenas e pessoas vivendo com aids.

Vacinação
De acordo com Antonio Brito, outro aspecto importante relacionado ao aumento de pessoas com a doença é a redução da cobertura vacinal com a BCG. Ele alerta que a imunização é importante especialmente para proteção de formas severas da doença em crianças. No Brasil, em alguns estados, em 2021, apenas 60% do público-alvo foi imunizado.

“Isso reduz a proteção contra a doença. O percentual de vacinação recomendado pelo Ministério da Saúde é de 95% do público-alvo. Com relação às metas de redução de incidência da tuberculose e redução dos óbitos, a pandemia de Covid-19 tornou o processo mais desafiador”, avaliou.

Fim da tuberculose
No âmbito do programa da OMS “End TB” (Fim da Tuberculose), para o ano de 2030, o organismo internacional estabeleceu uma previsão de redução de 90% das mortes, e redução de 80% da taxa de incidência da tuberculose, tendo como parâmetros dados de 2015.

“Apesar de ser uma meta a ser alcançada ainda em oito anos, é necessário que mais recursos sejam direcionados de maneira constante ao enfrentamento da tuberculose”, reforça Antonio Brito.

De acordo com o relatório de 2021 da OMS, a meta global de financiamento total da resposta à doença era de 13 bilhões de dólares anuais para 2022. Contudo, em 2021, foram investidos apenas 5,3 bilhões de dólares. Já a meta de investimento em pesquisa e desenvolvimento era de 2 bilhões de dólares por ano, mas foram investidos só 900 milhões de dólares.

“Com a ampliação dos investimentos, espera-se que os ótimos índices alcançados pelos países de mais baixa renda e o Brasil no combate à tuberculose sejam retomados, bem como sejam atingidas as metas aconselhadas pela OMS”, finaliza o líder.

Renata Tôrres

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