Francisco Jr debate estratégias para plano de vacinação contra Covid-19

Dep Francisco Júnior (GO), relator da comissão mista da Covid-19

O deputado Francisco Jr (GO), relator da comissão mista que acompanha as medidas do Governo Federal para o enfrentamento à Covid-19 debateu durante audiência pública virtual, nesta terça-feira (20), as estratégias para o Plano Nacional de Vacinação contra o Coronavírus. Para o parlamentar, o Brasil e o mundo colocam a esperança nas vacinas. “Vivemos um momento delicado e me assusta colocar nossa esperança em algo que tem metade da chance de dar certo. Isso é um pouco assustador”.

Francisco Jr questionou as ações para combater o chamado movimento antivacinas. “Como está o trabalho de conscientização feito pelo Governo Federal? É eficaz e tem sido suficiente? Sabemos que o combate a doenças como sarampo, rubéola e poliomielite trouxeram ganhos à saúde pública. Sabemos também que é a vacinação em massa que vai reduzir os diversos tipos de vírus. Se fala hoje da possibilidade de vacinação compulsória”.

Para Guilherme Werneck, vice-presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), é preciso combate o movimento antivacina. “A OMS considera este um dos 10 grandes problemas de saúde pública no mundo. Parte das pessoas deste grupo se alimenta de informações falsas na internet. Do meu ponto de vista é preciso mais campanha para convencer da importância da vacina e enfrentar essa rede paulatina de fake news.”

Cobertura vacinal

O relator da comissão também demonstrou preocupação com a imunização da população. “Recentemente o Brasil realizou a adesão ao consórcio global de vacinas, o Covax Facility. Cada país integrante fez a opção de cobertura vacinal de até 50% da população. A imunização que o Brasil escolheu foi de 10% da população até o final de 2021, que será destinada ao grupo de risco, como idosos acima de 80 anos, pessoas com morbidades e profissionais de saúde. Infelizmente não teremos vacina para todos”, destacou Francisco Jr.

Segundo Adriana Lucena, coordenadora geral substituta do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, a tratativa do acordo foi pensada nas possíveis vacinas que vão surgir e na que melhor vai se adequar à realidade do Brasil. “Serão duas doses das vacinas para esse grupo prioritário da população, mas já fechamos 100 milhões de doses com a AstraZeneca, 46 milhões com o Instituto Butantan e outros que o Brasil vai se adequando. A partir disso vamos ampliando a cobertura.”

A comissão mista encerrará os trabalhos em dezembro deste ano, quando acaba a vigência do decreto de calamidade pública no país. A cada semana o deputado Francisco Jr apresenta o relatório parcial dos trabalhos. Para acompanhar as reuniões e ter acesso aos registros do colegiado, clique aqui.

Diane Lourenço

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