A Câmara dos Deputados instalou nesta quarta-feira (27), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que vai investigar e buscar esclarecimentos sobre supostas irregularidades no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Das questões que serão debatidas, está o possível privilégio nos empréstimos a empresas com contratos firmados no exterior.
Entre os membros titulares que vão acompanhar de perto os trabalhos da CPI do BNDES, está o deputado Marco Bertaiolli (SP). “Nosso objetivo é investigar esses contratos, especialmente entre os anos de 2003 e 2015. Principalmente os financiamentos internacionais feitos para países como Cuba e Venezuela”, destaca.
Sidney Leite (AM) também representa o PSD entre os deputados titulares do colegiado. “Devemos apurar todos os fatos, não só o que foi mostrado na imprensa, mas principalmente o custo do dinheiro captado no mercado e repassado para o BNDES. Como está o pagamento desse dinheiro? A nossa participação será isenta de posição ideológica, mas com compromisso com o país”, frisou o parlamentar.
Como suplente está Wladimir Garotinho (RJ), que acredita no amplo debate das questões que envolvem a CPI. “Não vou partidarizar a CPI, vou me aprofundar na maneira como os recursos foram aplicados nessas operações. Se foram corretos ou não. Se as empresas estão adimplentes ou não. Se as obras foram mesmo realizadas ou não. O Brasil precisa ter clareza e transparência do caminho do dinheiro e o porquê do investimento em outros países, enquanto irmãos brasileiros continuam na miséria.”
Na legislatura passada, uma outra CPI do BNDS já havia investigado os contratos, a previsão é que este novo colegiado deverá analisar as documentações apresentadas e as diversas recomendações indicadas no relatório final votado e aprovado em fevereiro de 2016. A recém instalada CPI terá prazo de 120 dias para concluir os trabalhos.
Diane Lourenço