Nesta quarta-feira (24), durante audiência pública conjunta das comissões de Desenvolvimento Urbano; e de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia, o ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, apresentou dados sobre o andamento do programa Minha Casa Minha Vida e falou dos recursos disponíveis da área para o ano de 2019.
Os dados apresentados preocuparam os parlamentares. “Nós só temos verba para seguir até outubro. Mas, com o contingenciamento, não teremos condições de executar o orçamento e só chegaremos até junho. A partir de junho, se não houver ampliação do nosso limite, nós estaremos inviabilizados tanto de dar continuidade às obras em execução como aos novos financiamentos”, afirmou Canuto.
O ministro também mostrou os principais programas voltados ao desenvolvimento regional nas escalas macro, micro e sub-regionais. O deputado Sidney Leite (AM), chamou atenção para as necessidades do estado amazonense.
“Meu estado convive com a chaga do segundo pior índice de demanda de habitação. No município de Barcelos o déficit é de 58,2% no Alto Rio Negro, enquanto a média nacional é de 12,1%. O que lamento é que meu estado é a pátria d’água e convivemos de forma desigual. Faço um apelo, não dá para desconsiderar o custo amazônico, que é elevado em todas as áreas e também envolve três fusos horários diferentes”, alertou Sidney Leite.
Deputado Charles Fernandes (BA) destacou que o Minha Casa Minha Vida foi o programa mais importante dos últimos anos. “O maior gerador de emprego e renda foi esse programa. Espero que o programa consiga se manter dentro do orçamento. Reforço que existem modelos regionais importantes, que devem ser mantidos, como por exemplo o de irrigação do Vale do Iuiú. Por isso, peço especial atenção deste ministério para este programa.”
O ministro Gustavo Canuto destacou que deverá enviar até 8 de julho, uma proposta de alteração do Minha Casa, Minha Vida e que deverá ser analisada pelos deputados. Hoje o deficit habitacional no país está em 7 milhões de moradias. Além disso, mais de 50 mil obras estão paralisadas ou com ocupações irregulares.
Diane Lourenço