O Plenário da Câmara aprovou, nesta terça-feira (9), o texto-base da proposta que regulamenta as práticas equestres (vaquejada, rodeio e laço) no Brasil. Foram 402 votos a favor, 34 contra e quatro abstenções. Os destaques do PL 8.240/17 serão analisados posteriormente. O projeto, que veio do Senado Federal, reconhece as atividades como expressões esportivo-culturais e parte do patrimônio cultural brasileiro.
O líder do PSD na Câmara, deputado André de Paula (PE), ressaltou a expressiva vitória na votação que regulamenta de forma definitiva os esportes equestres. “Essa Casa guarda sintonia com as ruas do país. Marchamos, mais uma vez, ao lado daqueles que como eu amam os esportes equestres.”
“Estamos na luta em defesa dos vaqueiros do Nordeste”, disse o deputado Domingos Neto (CE). O alagoano Marx Beltrão também saiu em defesa da vaquejada.
“Como nordestino, reconheço e acompanho de perto a relevância da vaquejada para a nossa cultura e, sobretudo, para a economia. Lutei junto com a vaqueirama pela emenda constitucional que autoriza as vaquejadas em nosso país e garantem mais de 700 mil empregos pela atividade. Uma conquista de tamanha relevância para o povo sertanejo, uma luta que acompanho desde o começo e tenho muito orgulho de ver esse reconhecimento do Congresso”.
Fábio Mitidieri (SE) ressaltou que a vaquejada, o rodeio e as provas de laço “são expressões culturais do povo e representa os valores do povo nordestino”.
Já Charles Fernandes (BA) argumentou que os animais são bem tratados e há regras para as práticas esportivas. “Não existem maus-tratos. Todos os animais saem com a proteção na cauda, são muito bem tratados. Há um movimento na economia, geração de empregos não só na Bahia, mas em todo o país.”
Darci de Matos (SC) disse que a prática da vaquejada, rodeio e provas de laço também são muito importantes para a região sul. “São eventos da família brasileira. Aquece a economia, promove entretenimento e lazer.”
O deputado baiano José Nunes deu números sobre o evento em seu estado. “São mais de 4 mil festas organizadas somente no Nordeste, onde não há financiamento público para isso”.
Renan Bortoletto