53% dos softwares adquiridos no Brasil são piratas

Deputado Guilherme Campos (SP) - Foto: Heleno Rezende

O deputado Guilherme Campos (SP), ex-líder do PSD e Presidente da Frente Parlamentar de Combate à Pirataria e à Sonegação Fiscal, coordenou na manhã desta quarta-feira (15), em Brasília, evento direcionado a parlamentares e empresários da indústria de software no Brasil. O encontro proposto pela BSA – The Software Alliance, com apoio da frente, teve como objetivo promover um debate sobre políticas públicas que propiciem o desenvolvimento dessas indústrias no país e, principalmente, o combate ao mercado ilegal de software. Segundo estudo BSA/IDC (International Data Corporation), 53% dos programas adquiridos no Brasil atualmente são piratas. Em 2005, o índice era de 64%.

Campos destacou a complexidade do tema e enfatizou a importância de alertar a sociedade sobre a rede de negócios que envolve falsificação e pirataria. “É um problema que atinge tanto a indústria de softwares, como a fonográfica e também, de forma preocupante, a farmacêutica. Estamos diante de uma cruzada de conscientização da sociedade brasileira a esse respeito. A frente tem trabalhado fortemente para acelerar os projetos na Casa para coibir e punir essa atividade no país”, declarou.

Para a vice-presidente da BSA mundial, Jodie Kelley, mesmo com números ainda alarmantes no mercado nacional, “os resultados conquistados até agora por esforços da indústria e governo brasileiro são alentadores”. Ainda segundo ela, a empresa projeta que a médio prazo, o país alcançará o índice mundial que gira em torno de 20%.

O Coordenador do Comitê de Propriedade Intelectual da Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes), Rodrigo Paiva, alertou sobre o crime organizado instalado na produção e comercialização de produtos piratas. “As empresas que utilizam softwares falsificados promovem uma concorrência desleal em editais públicos. Elas simplesmente ignoram o impacto que tal atitude provoca na economia do país e na geração de graves problemas de segurança para quem utiliza esses produtos”, enfatizou.

De acordo com Roberto Abdenur, presidente executivo do Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO), a taxa de pirataria de softwares no Brasil chegou a ser de 90%. Na América Latina alcança mais de 60%. Em países como a China, Rússia e Índia, atingem 70%. “O desafio do Brasil é alcançar uma maior capacidade de inovação tecnológica”, destacou.

Abdenur acrescentou também que no caso da indústria farmacêutica a inovação é prejudicada pela pirataria com a falsificação de medicamentos, contrabando, comércio ilegal, entre outras atividades criminosas.

Emmanuelle Lamounier

[audio:http://www.psdcamara.org.br/audio/dep_guilherme_campos_53_porcento_dos_softwares_adquiridos_no_brasil_sao_piratas_16_05_2013.mp3]

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