Zé Haroldo Cathedral sugere a criação de política nacional para pessoas com Down

Deputado Zé Haroldo Cathedral (PSD-RR). Foto: Cláudio Araújo

O deputado Zé Haroldo Cathedral (PSD-RR) quer criar a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Síndrome de Down (PL 910/24), com o objetivo de articular as ações governamentais e garantir mais direitos para as pessoas com essa síndrome.

Ele avalia que a inclusão social e o amparo das políticas públicas é fundamental para garantir qualidade de vida e autonomia para essas pessoas.

“A intervenção precoce e de longo prazo é essencial para melhora da qualidade de vida dos indivíduos com a Síndrome de Down. Assim, indivíduos com a Síndrome de Down, ou trissomia do 21, podem ter uma vida longeva e plena em todos os sentidos”, afirma o deputado.

Direitos
O projeto estabelece em lei que as pessoas com Síndrome de Down tem direito à vida digna e à proteção da sua integridade física e moral; ao acesso a serviços de saúde; e à proteção contra qualquer forma de abuso e exploração.

Diretrizes
A política nacional deverá atuar com as seguintes diretrizes:

  • intersetorialidade no desenvolvimento das ações e no atendimento à pessoa com Síndrome de Down;
  • atenção integral conforme as necessidades de saúde da pessoa com Síndrome de Down;
  • atendimento, desde os primeiros meses de vida, em serviços de saúde que ofereçam abordagem interdisciplinar da Síndrome de Down e das doenças associadas à condição genética;
  • garantia de acesso a estudo citogenético, quando necessário para diagnóstico, e encaminhamento da família para aconselhamento genético;
  • estabelecimento de indicadores para avaliar e monitorar serviços prestados na rede pública de saúde aos pacientes com Síndrome de Down;
  • incentivo à inserção da pessoa com Síndrome de Down no mercado de trabalho, observadas as peculiaridades da condição e garantido o apoio necessário para sua adaptação;
  • estímulo à formação e à capacitação continuada de profissionais de saúde e de educação voltadas ao atendimento à pessoa com Síndrome de Down;
  • ampliação da compreensão dos familiares e da sociedade sobre a disfunção genética;
  • enfrentamento ao capacitismo e valorização da diversidade humana.

Estatísticas
Segundo a Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down, no Brasil a condição genética ocorre em 1 a cada 700 nascidos vivos, o que representa cerca de 270 mil pessoas no País.

No mundo, a incidência estimada é de 1 em 1 mil nascidos vivos.

Próximos passos
O projeto será analisado pelas comissões de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Com informações da Agência Câmara de Notícias

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