Um terço dos remédios sem prescrição é consumido por impulso

Deputado Eleuses Paiva (SP) - Foto: Heleno Rezende

A Comissão de Seguridade Social e Família realizou audiência pública para discutir a retomada das vendas de medicamentos isentos de prescrição médica, os Mip’s, fora dos balcões das farmácias. O deputado Eleuses Paiva (SP) solicitou a reunião para buscar um entendimento entre os fabricantes, associações médicas, profissionais da saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Em 2009, resolução da Anvisa determinou que os medicamentos deveriam ficar armazenados em área restrita aos consumidores. A decisão foi revogada em 2012, sob a alegação de que os remédios sem prescrição são inofensivos. Eleuses repudia a ação, uma vez que audiência promovida pela agência, antes da publicação da revogação, ouviu apenas os fabricantes.

“Fizemos um pedido para que antes de soltar novas resoluções que colocam a população em risco sanitário, a Anvisa convide pessoas de melhor saber na área para o debate”.

Segundo Eleuses, todas as entidades do mundo ligadas à área consideram a automedicação um problema de saúde pública. “Estatisticamente, mais de um terço desses remédios é consumido por impulso e não por necessidade”.

O presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), Florentino Cardoso, diz que o alto índice de intoxicação causado pela ingestão indevida poderia ser evitado apenas com orientação profissional. “O consumidor precisa saber a indicação, como e por quanto tempo deve tomar o remédio”.

Carola Ribeiro

[audio:http://www.psdcamara.org.br/audio/dep_eleuses_paiva_e_florentino_costa_remedios_sem_prescricao_sao_consumidos_por_impulso_11_04_2013.mp3]

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