O Projeto de Lei 5.587/16 que garante aos taxistas exclusividade no transporte individual de passageiros foi tema de Comissão Geral no plenário da Câmara, nesta quarta-feira (23). O pessedista e deputado Thiago Peixoto (GO) usou o tempo de líder para defender a regulamentação do Uber e o direito da livre escolha do consumidor.
“O serviço de táxi avançou depois que o Uber chegou ao Brasil, pois, hoje, podemos chamar o táxi por aplicativo. Quantos novos empregos foram gerados pelo Uber? Esta Casa deve ter responsabilidade e maturidade para discutir e regulamentar algo que representa uma realidade em todo o mundo. O corporativismo não pode vencer a inovação”, defendeu Peixoto.
Em defesa dos taxistas, o deputado Delegado Éder Mauro (PA) também fez uso da palavra e contou que durante sua carreira policial presenciou casos em que taxistas foram fundamentais no socorro às vítimas.
“Acho uma covardia com esta categoria mais do que centenária ser extinta por um aplicativo. Não podemos aceitar que um profissional que paga pelo seu táxi, pela placa e às vezes, até pelo ponto que deve ficar sofra com essa concorrência desleal.”
O deputado Herculano Passos (SP) atribui à falta de informação o preconceito com o Uber. “Temos que chegar a um denominador comum em que a maioria dos interessados seja favorecida e saia feliz com a elaboração de uma legislação que possa defender os interesses da comunidade e do Brasil, principalmente do usuário, com serviços de qualidade e com opção de escolha”, reforçou.
Táxi X Uber
O Uber está espalhado em mais 538 cidades do país, mas não divulga qual sua frota. Já os taxistas, segundo a Associação das Empresas de Taxi do Município de São Paulo (Adetax), só na capital paulista a frota corresponde à 33.922 táxis, o que equivale a um táxi para cada 305 habitantes.
Carola Ribeiro