O deputado Roberto Santiago (SP) e o coordenador do PSD Movimentos, Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT) discutiram, nessa terça-feira (14), com o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, e com o ministro do Trabalho, Manoel Dias, as principais reivindicações das centrais que serão priorizadas no ano de 2013. A reunião aconteceu no Palácio do Planalto e definiu acordo para criação de grupos trabalho temáticos para debater a terceirização de serviços, a regulamentação dos trabalhadores domésticos e o fortalecimento do Sistema Nacional de Emprego (Sine).
De acordo com Santiago, os temas priorizados pelo governo são válidos. No entanto, diz ele, as reivindicações apresentadas pelas centrais sindicais na marcha realizada em março deste ano, não podem ser deixadas de lado. “As centrais sindicais não podem perder de vista questões como o fim do fator previdenciário e a redução da jornada para 40 horas semanais. Perder esse foco significa que a mobilização nacional não existiu”.
O ministro Gilberto Carvalho sugeriu que sejam convidados representantes da Casa Civil e da Fazenda para as reuniões mensais dos grupos temáticos e avançar nas discussões. “Se o assunto é previdência, que venha Garibaldi Alves. Se for planejamento, o grupo chamará a ministra Miriam Belchior. Mas é necessário que as centrais tenham uma postura unificada sobre todas as áreas para avançarmos”, explicou.
O coordenador Ricardo Patah acredita que a reunião foi positiva. Ele ressalta ainda a importância de discutir o fator previdenciário “Acreditamos que, com a desregulamentação econômica a partir da renúncia fiscal e com a desoneração da folha, o governo está gastando muito mais do que gastaria com o fim do fator previdenciário. Esta é uma questão de justiça”.
Carola Ribeiro