Reforma Tributária: Luiz Gastão defende agilidade e cesta básica desonerada

Deputado Luiz Gastão (PSD-CE). Foto: Cláudio Araújo.

Durante a primeira audiência do grupo de trabalho da regulamentação da reforma tributária (PLP 68/24), os sete deputados do colegiado ouviram o secretário especial do ministério da fazenda, Bernard Appy. O deputado Luiz Gastão (CE) pediu agilidade na devolução às empresas dos créditos tributários.

Os créditos gerados pelo pagamento do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) podem chegar até 270 dias, explicou. Outro tema de interesse do deputado é a desoneração da cesta básica.

Com o apoio da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Gastão defendeu alíquota especial para os alimentos incluídos na cesta básica.

“Você citou o exemplo do salmão, consumido por 1% da população. Eu acho que a lógica da PEC não é a do consumo atual; é dar à cesta básica uma segurança alimentar e produtos saudáveis com acesso a todos. Não é porque hoje o pobre não come tilápia ou algum outro tipo de carne que ele vai deixar de ter o direito de comprar, porque está fora da cesta básica”, argumentou o parlamentar a Appy.

Cronograma

O grupo de trabalho pretende entregar o relatório até o final deste semestre legislativo, que se encerra em julho. Até lá, serão realizadas oito audiências públicas e reuniões com técnicos do governo. O objetivo é chegar a um texto de consenso.

Nesta semana, estão previstas diversas reuniões:

  • 3 de junho, às 14h30: sobre normais gerais do IBS e CBS sobre operações;
  • 4 de junho, às 9h: sobre o modelo operacional do IBS/CBS;
  • 4 de junho, às 14h30: a respeito de IBS e CBS sobre exportações e importações, regimes aduaneiros especiais, regimes de bens de capital e zonas de processamento de exportações;
  • 5 de junho, às 9h: sobre cashback, cesta básica e demais alimento;
  • 5 de junho, às 14h30: sobre regimes diferenciados, profissões regulamentadas, serviços de educação e saúde, entre outros;
  • 6 de junho, às 9h: sobre regimes específicos e continuação de regimes diferenciados.

As audiências públicas serão presididas em sistema de rodízio pelos membros do GT. Os convidados para os debates de junho ainda serão divulgados pela secretaria do grupo de trabalho.

Impacto na economia

Durante o debate com o GT, o secretário extraordinário da Reforma Tributária voltou a defender os principais pontos da proposta, como o split payment, um modelo de cobrança que separa o pagamento do imposto no ato da transação.

Segundo Appy, o impacto da mudança tributária na economia será sentido no médio prazo (entre 10 e 13 anos), e vai ajudar a reduzir a pressão por aumento de carga tributária. “Estamos falando aqui, provavelmente, no aumento maior que 10 pontos percentuais no PIB potencial do Brasil por conta da reforma tributária”, disse.

Com informações da assessoria de imprensa do deputado.

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