O coordenador da bancada do Ceará, deputado Domingos Neto (PSD), tem uma proposta de equidade na hora de definir a idade mínima para a reforma da previdência. Para o parlamentar, a definição de idade mínima esbarra numa diferença regional: a expectativa de sobrevida do brasileiro.
Hoje, a expectativa de vida do brasileiro, em média, segundo o IBGE 2017, é de 72,5 anos para homens e 79,4 para mulheres. No Ceará, esse número cai para 69,9 para homens e 77,8 para mulheres. São sete anos que separam o estado do estado do Brasil.
Esses dados são ainda mais gritantes quando consideramos a sobrevida do brasileiro. No Sudeste, quando completa 65 anos, o brasileiro pode viver em média mais 18,97 anos. No Nordeste e Norte, 17,42 e 16,82.
A intenção é apresentar um modelo na regra de transição em que a idade mínima seja vinculada à sobrevida por região definida pelo IBGE. “Sabemos que existem regiões mais carentes, onde as pessoas vivem menos. Se aposentar com 65 anos de idade em um lugar onde a expectativa de vida é de 77 anos tem um impacto diferente se comparado a um lugar em o cidadão morre em média aos 85”, explica Domingos Neto.
Domingos Neto lembra que as desigualdades regionais são pontos que, infelizmente, separam os estados do país no plano nacional. Segundo o deputado, é preciso que políticas públicas avancem, levando melhores condições para o povo do Nordeste. Assim, será possível inserir políticas igualitárias. “Enquanto não mudamos a condição regional, é preciso tratar as pessoas com equidade”, explica.
A emenda do deputado será apresentada em breve, assim que a proposta do governo chegar ao Congresso Nacional.
Maria Carolina Lopes