Deputado Raimundo Santos (PA). Foto: Cláudio Araújo
O deputado Raimundo Santos (PA) é autor do Projeto de Lei 723/23, que institui o Dia Nacional de Combate ao Etarismo, a ser celebrado anualmente em 1º de outubro. O etarismo, também conhecido como ageísmo ou idadismo, é a ação de discriminar alguém pela idade.
Segundo o parlamentar, fixar uma data de combate a esse tipo de conduta tem o objetivo de gerar reflexões, debates e iniciativas sociais contra esse mal. “O etarismo é uma forma de preconceito e de discriminação, e mesmo de subestimação social, relacionada a qualquer idade, mas, ao relacionar pessoas mais maduras, o efeito pode ser bastante danoso no âmbito emocional e psicológico. Precisamos olhar para isso”, disse Raimundo Santos.
Casos de etarismo acontecem a todo momento, mas chamou especial atenção da população brasileira, agora no mês de março, o fato de uma mulher de 44 anos ter sido hostilizada nas redes sociais devido à idade dela.
Estudantes do curso de Biomedicina de uma universidade particular de Bauru (SP) postaram vídeo com chacotas à colega de 44 anos, que viralizou nas redes sociais, causando a indignação de várias pessoas.
Dados do Brasil
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa de vida saltou de 33,7 anos no início do Século 20, para 76,8 anos em 2020. Hoje, desmitifica-se a tese segundo a qual a idade cronológica seria parâmetro à definição de idoso, que no País ganha essa “classificação” tornando-se sexagenário.
Devido ao avanço da ciência a prática de hábitos saudáveis, como na alimentação e prática de atividades esportivas, um número cada vez maior de pessoas atinge a longevidade com capacidade de ativa interação social e com potencialidade para desempenhar funções em diversas áreas profissionais.
“Avançamos muito nessa questão e segundo avaliações científicas de estudiosos, a velhice não pode ser definida somente pelo aspecto cronológico, mas também por fatores biológicos, psicológicos, sociais e ambientais em que cada pessoa está inserida”, justificou Raimundo Santos.
Movimento internacional
Em maio de 2020 a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) já havia declarado o período de 2021 a 2030 como a “Década para um Envelhecimento Saudável”, ou seja, um movimento global que prevê o tempo citado para envidar esforços em favor da melhoria de vida dos idosos, de suas famílias e das comunidades a que pertencem.
Manu Nunes