Presença de médicos em voos comerciais poderá ser obrigatória

Deputado Paulo Magalhães (BA) - Foto: Cláudio Araújo

O deputado Paulo Magalhães (BA) ressaltou a necessidade da aprovação do Projeto de Lei 880/11, de sua autoria, que torna obrigatória a presença de médicos em voos comerciais com duração superior a duas horas. O parlamentar argumenta que o atendimento médico imediato em casos de infarto, convulsões e mal súbitos pode evitar grande número de óbitos.

Magalhães ressalta que no caso do infarto, por exemplo, os procedimentos de reanimação devem ser feitos em até 10 minutos. Caso contrário, a chance de sobrevivência da vítima é praticamente inexiste. Em uma situação de emergência no ar, uma aeronave leva cerca de 20 minutos para pousar, o que inviabiliza as medidas.

Segundo o parlamentar, a proposta que está pronta para votação na Comissão de Seguridade Social e Família deve trazer mais segurança aos passageiros e tripulantes. “Em muitas das viagens que fizemos, verificamos uma série de problemas que surgem e poderiam ser evitados por médicos ou paramédicos.”

Ainda segundo ele, a inserção desses especialistas nas aeronaves não trará grande impacto financeiro às empresas e funcionará como uma forma de valorizar os passageiros. “Acho importante para a sociedade, mas ainda mais para as empresas que farão seus clientes se sentirem mais respeitados.”

Atualmente, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) determina que todas as aeronaves possuam kits de primeiros socorros e kit médico. Embora estejam a bordo, esses itens não podem ser manuseados pelos tripulantes, apenas por médicos.

Renata Guimarães

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