O PSD defendeu, em comissão geral, nesta quarta-feira (4), a adoção de medidas para solucionar a crise hídrica. “Precisamos, urgentemente, pensar como estadistas, planejar a longo e médio prazo e não continuar fazendo apenas uma leitura política do problema da escassez de água”, afirmou o deputado Evandro Roman (PR).
O parlamentar sugeriu o aproveitamento de água de locais estratégicos como o Amazonas. “Isso é possível, já existem estudos comprovando”. Roman lembrou que países como os Estados Unidos já se preocupam com a preservação do recurso há décadas. “Nós nunca nos preocupamos devido aos grandes rios e reservas que temos. Porém, a crise chegou e essa dificuldade bateu também à nossa porta.”
A comissão foi convocada especialmente para tratar das dificuldades que o país vem enfrentando. Um dos políticos que mais buscou debater o problema que acometeu fortemente o estado de São Paulo, o presidente interino do PSD, Guilherme Campos, foi convidado para participar da discussão.
De acordo com ele, o principal motivo da crise é a falta de planejamento e a não execução das obras previstas para o setor. “Se não mudarmos essa realidade, um colapso vai acontecer. Na região de Campinas, no final do ano passado, várias indústrias tiveram que parar suas atividades pela falta de água. É algo que tem um impacto direto na economia local, paulista e nacional. Está ligado à indústria, à agricultura, ao comércio e ao dia a dia do cidadão.”
O deputado Indio da Costa (RJ), vice-líder do PSD, falou da necessidade de soluções estruturais ao invés de paliativas. “Trazer água do subsolo; reduzir os esgotos jogados nos rios, lagos ou qualquer água de superfície; reduzir os subprodutos poluentes das indústrias, incentivando a aquisição de equipamentos que diminuam seus impactos na água, são medidas que podemos adotar.”
Indio chamou atenção ainda para a necessidade de diversificar a matriz energética do país e apontou o gás como uma das alternativas.
Verônica Gomes