O deputado federal César Halum (PSD-TO) destacou a comemoração, nesta quinta-feira (21), do Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial, informando que a data foi escolhida em memória do Massacre de Shaperville, em 1960, quando 20 mil jovens negros de Joannesburgo protestavam contra a lei do passe, que os obrigava a portar cartões de identificação, especificando os locais por onde eles podiam circular.
“Infelizmente a discriminação racial permanece em pleno século 21”, lamentou o parlamentar
Halum citou dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2010, para lembrar que negros e pardos são mais da metade da população brasileira. De acordo com o IBGE, 6,91% se dizem negros; 44,16%, pardos; e 41,22%, brancos.
O deputado fez questão de ressaltar que mesmo pessoas claras podem ter composição genética da raça negra, já que a população do Brasil é fruto de miscigenação. Ele se declarou contrário a todo tipo de discriminação, mas fez a ressalva de que não se deve politizar a defesa das minorias.
“Hoje não é um dia para se comemorar, mas um dia para refletir sobre nossas atitudes no dia-dia e no tratamento com as pessoas, precisamos lutar muito para garantir uma sociedade mais justa com aqueles que contribuíram para nossa cultura. E, mais do que isso, contribuíram para que nos transformássemos no povo que somos, além de respeitar e entender que a diferença de crença, cor, etnia não aumenta ou diminui um ser, mas contribui para sermos o povo brasileiro plural, rico em respeito às diferenças e promoção da igualdade”, concluiu Halum.
Síndrome de Down
César Halum também destacou a celebração do Dia Internacional da Síndrome de Down. Segundo o deputado, pessoas especiais têm os mesmos direitos das pessoas com deficiência. “Acredito que um dos maiores problemas, ainda hoje, é o preconceito”, disse.
Para o deputado, um dos problemas graves é a resistência das escolas em aceitar alunos com a síndrome de Down. “Temos de fiscalizar: a lei garante a plena inclusão dessas pessoas no ensino regular, embora algumas famílias prefiram o ensino especial”. Para Halum, a consequência, é a judicialização do problema: pais e mães recorrem ao Ministério Público para terem o direito garantido.
Da Assessoria