A Comissão de Viação e Transportes avaliou, nesta terça-feira (4), os resultados do Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans). Para se ter uma ideia do problema, dados do Ministério da Saúde mostraram que, entre 2010 e 2016 as internações por acidentes de trânsito cresceram 23,5%. O Brasil registra, a cada ano, quase 40 mil óbitos resultados de acidentes de trânsito. E o custo das ocorrências é estimado em R$ 52 bilhões, de acordo com o IPEA. A Escola Nacional de Seguros estima perdas de R$ 146 bilhões.
Aprovada pelo Congresso e sancionado pelo presidente da República em janeiro deste ano, a Lei 13.614/18 que institui o Pnatrans prevê a redução de mortes pela metade em dez anos. Para o deputado Hugo Leal (PSD/RJ), autor da Lei Seca e presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Trânsito Seguro, é preciso ter um olhar diferenciado para as mortes e os custos dessas vidas perdidas.
“Quanto custa um acidente de trânsito no país? Precisamos ter isso, pois são vidas perdidas em idade produtiva”, lamentou o parlamentar.
O diretor-geral do Departamento de Polícia Rodoviária Federal, Renato Borges Dias, falou sobre a importância das ações educativas para a população e adiantou que está finalizando uma campanha de conscientização sobre o assunto, com investimento de R$ 6 milhões. “Milhares de vidas são ceifadas todos os anos. Só nos impactam quando é um filho ou um parente. Precisamos acordar o Brasil para a guerra do trânsito e precisamos estar unidos”, disse.
Participaram também das discussões o coordenador de Qualificação do Fator Humano no Trânsito do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), Jackson Lucena, e a consultora técnica da Área Técnica de Vigilância e Prevenção de Violências e Acidentes do Ministério da Saúde, Cheila Marina de Lima.
Valéria Amaral