Na ONU, Antonio Brito defende fim do subfinanciamento do combate à tuberculose no mundo

Líder Antonio Brito (BA). Foto: Cláudio Araújo

Em seu pronunciamento durante reunião na Organização das Nações Unidas em Nova Iorque, o líder do PSD na Câmara dos Deputados e presidente Frente Parlamentar de Luta contra a Tuberculose, Antônio Brito (BA), defendeu maior engajamento dos parlamentos mundiais na luta contra a tuberculose, criando formas inovadoras de financiamento para eliminar a doença, que permanece como uma das enfermidades mais letais do planeta.

Ele apresentou um dos painéis da 2ª Reunião de Alto Nível pelo Fim da Tuberculose das Nações Unidas, realizada no último dia 22 de setembro, tendo sido o único parlamentar convidado a ser painelista do evento.

“O Brasil carrega o maior fardo de tuberculose na região das Américas, com 80 mil novos casos e mais de 5 mil mortes no ano passado. Além disso, mesmo dentro do nosso sistema de saúde, que oferece acesso universal e gratuito à prevenção, diagnóstico e tratamento da tuberculose, quase metade dos pacientes de tuberculose no Brasil enfrenta custos catastróficos, destacando o impacto social e econômico dessa doença”, apontou o deputado em seu discurso.

O líder cobrou o aumento de recursos para a pesquisa e o desenvolvimento de novos diagnósticos, de vacinas e de medicamentos. Ainda falou sobre a necessidade de haver financiamentos nacional, regional e internacional adequados e sustentáveis para garantir a equidade na oferta de serviços para enfrentamento da tuberculose e no desenvolvimento de estratégias inovadoras.

Erradicação da tuberculose
Segundo Antonio Brito, o compromisso de erradicar a tuberculose no Brasil não tem sido apenas uma iniciativa do governo ou da sociedade civil, mas um amplo esforço nacional com o apoio do Congresso Nacional

“Inspirado por organizações da sociedade civil e ativistas em TB, em 2012 assumi o compromisso de liderar a Frente Parlamentar Nacional de Luta contra a Tuberculose, composta por 214 parlamentares, que há mais de 10 anos é um catalisador para as ações propostas pelo Legislativo brasileiro, a fim de responder efetivamente às necessidades das pessoas e comunidades afetadas por essa enfermidade”, ressaltou.

Frentes na América Latina
Ele lembrou que, desde a sua criação, a frente parlamentar tem buscado fortalecer o diálogo regional e global tendo, inclusive, impulsionado a criação de frentes da TB em diversos países da América Latina.

“Posso afirmar, orgulhosamente, que a luta contra a tuberculose no Parlamento brasileiro transcende barreiras partidárias e políticas, sendo um fórum de diálogo construtivo e colaborativo”, garantiu.

Além de ser painelista da Reunião de Alto Nível, o líder também participou do encontro com a Parceria das Nações Unidas para o Fim da Tuberculose (Stop TB Partnership), criada em 2001 para eliminar a tuberculose como um problema de saúde pública. Suas 1.500 instituições parceiras incluem organizações internacionais, não-governamentais e governamentais e grupos de pacientes.

Renata Tôrres

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