Moreira cobra providências para acabar com conflitos de demarcação de terras indígenas

Sob os olhares da ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e do advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, o deputado Moreira Mendes (RO) cobrou providências do governo sobre os conflitos de demarcação e de desocupação de áreas indígenas. E exigiu que seja encontrada uma solução para o que classificou de “as desordens” que estão sendo geradas pela polêmica. “Se o governo federal não tomar uma atitude para coibir os abusos cometidos pela Fundação Nacional do Índio (Funai) vai ocorrer uma guerra civil”, advertiu.

Gleisi Hoffmann e Luís Adams participaram de audiência pública realizada pela Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados nessa quarta-feira (8). A ministra foi convocada para prestar esclarecimentos sobre os processos de demarcação de terras indígenas.

Moreira descarregou críticas à Funai. Para ele, a entidade manipula e ideologiza esse problema, além de extrapolar suas atribuições. “Eles criam comunidades indígenas, depois deixam os índios abandonados pelo poder público, sem comida, sem escola e sem saúde”, pontuou. “Para que ampliar a reserva indígena? Para criar confusão? É uma falta de responsabilidade com o país. A Funai é ideologizada e existe outros interesses, não a defesa dos índios”, emendou Moreira.

A ministra Gleisi reconheceu a falta de uma política indígena clara. Prometeu convocar outros órgãos do governo para analisar os processos de demarcação de terras. “Preciso de informações técnicas qualificadas nesse processo de demarcação. Por isso, vamos estruturar um sistema de informações sobre a ocupação do território brasileiro e outros órgãos serão envolvidos nesse processo”, garantiu.

Na reunião, Moreira Mendes destacou a mobilização dos produtores rurais de todo o Brasil, que participaram da audiência de forma democrática. “Tivemos no Congresso uma mobilização de quase 1.5 mil produtores rurais de todo os estados brasileiros pressionando sem baderna, sem confusão, diferente dos índios durante sessão de votação no dia 16 de abril”, lembrou.

Da Assessoria

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