Marcos Montes – Nem tudo é o que parece: pau que bate em Chico nem sempre bate em Francisco

PRESTAÇÃO DE CONTAS – Sejam bem-vindos. Não é segredo pra ninguém que desde o início da minha trajetória política, e portanto pública, eu faço questão de prestar contas das minhas ações, pois entendo que se trata de uma obrigação moral, legal, social, enfim, se trata de um dever. Para isso, uso espaços em jornais, no site, no facebook, no twitter, e em todas as oportunidades que me são concedidas pela imprensa de um modo geral.

Diante dos últimos acontecimento relacionados à crise política, eu não poderia, portanto, deixar de usar estes espaços para mais uma prestação de contas ao meu eleitorado em especial, e à população de um modo geral.

Respeito as opiniões contrárias e as diferenças. Mas, não posso, em nome da minha consciência, simplesmente ignorar o que vejo, ouço e leio, e silenciar minhas próprias opiniões. Não sou covarde. Não sou hipócrita. Não tenho compromisso com a omissão.

Não voto e não defendo projetos e ideias por outro motivo que não seja pela consciência de estar cumprindo meu dever de homem público.

PAU QUE BATE EM CHICO NEM SEMPRE BATE EM FRANCISCO

Reações – Estou acompanhando o comportamento agressivo de frequentadores das redes sociais – inclusive eu próprio sendo vítima de alguns impropérios, parte deles postados por pessoas de boa educação formal. Levando em conta que se trata de reação ao adiamento do processo contra o presidente Michel Temer, imagino que esteja faltando uma boa pesquisa sobre o assunto.

Ilusão – Gostaria de lembrar que, além de as denúncias não terem sido extintas, mas apenas adiadas, o afastamento do presidente – conforme defende uma boa parte dos brasileiros – não significa que seria definitivo.

Arquivamento – Segundo a Lei 8.038, se a denúncia chegasse ao Supremo Tribunal Federal, ela seria levada a julgamento em plenário. Se fosse rejeitada (o que é bem provável), aí sim, o processo seria arquivado. E o presidente ficaria livre de responder à Justiça quando terminar seu mandato.

Afastamento – E caso a denúncia fosse recebida (pela maioria de votos dos ministros do STF), o presidente da República se tornaria réu numa ação penal perante o Supremo e, nos termos do artigo 86 da Constituição Federal, ficaria afastado de suas funções.

Nem tudo é o que parece – Acontece que, se, decorrido o prazo de 180 dias, e o julgamento não estivesse concluído, o presidente voltaria ao cargo. Sabemos que um julgamento não se conclui em 180 dias no Brasil, e portanto, o mais certo é que Michel Temer retornaria ao cargo.

Lenha na fogueira – Imaginem o Brasil, já assombrado por uma crise política sem precedentes, ser vítima de uma crise ainda mais profunda com mudanças sequenciais na Presidência da República! Quem defende esta situação não tem, com certeza, compromisso com a Nação. Quer sim, é ver o circo pegar fogo.

Pau que bate em Chico nem sempre bate em Francisco – E não se enganem. Uma boa parte dos colegas deputados que votou a favor da continuidade da denúncia contra Temer no STF não fez isso por amor ao Brasil. Eles não tiveram esta mesma atitude no impeachment da ex-presidente petista Dilma Rousseff. Votaram contra o impeachment e continuam defendendo a volta do PT ao poder, o que significa a volta de um candidato já condenado pela Justiça e réu em vários processos.

Forças ocultas – Também votei pelo adiamento porque as denúncias não me convenceram, não convenceram a maioria da bancada do PSD – que lidero na Câmara, e não convenceram a maioria dos deputados federais. Todos nós, brasileiros, fomos surpreendidos por notícias sobre forças estranhas relacionadas às delações que motivaram estas e outras denúncias por aí. O tempo – senhor da razão – vai colocar tudo a limpo.

Até ele – Gostaria também de lembrar que o principal “beneficiado” com um afastamento de Michel Temer seria o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM/RJ). Em nenhum momento, Maia deu qualquer indicação de que apoiava o afastamento. Pelo contrário. Falou mais alto o seu compromisso com o Brasil. Aliás, vou ser sincero com vocês: eu não acharia ruim se Rodrigo Maia assumisse o cargo.

Missão oficial – E por falar em Rodrigo Maia, a convite dele, integro missão oficial da Câmara dos Deputados que viaja para Israel, Palestina, Itália e Portugal. Em pauta, a reafirmação da amizade do Brasil com estes países e seus povos.

Agenda especial – A missão liderada por Rodrigo Maia tem reuniões programadas com lideranças importantes, entre elas, o primeiro ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas. Além de reuniões com os embaixadores brasileiros em todos os países incluídos na missão, também visitaremos universidades, assembleias e locais históricos.

Um abraço e até a semana que vem.

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