Marcos Montes – Câmara não extinguiu processo contra o Presidente; apenas prorrogou prazo

Bem-vindos… Abro a coluna hoje, agradecendo à Assembleia de Deus de Uberaba pela homenagem que recebi durante a 16ª edição do Encontro Nacional de Bandas e o aniversário de 20 anos do templo-sede localizado na avenida Guilherme Ferreira. Marcado por atividades culturais e filantrópicas, o evento – sucesso absoluto de público – repercute não apena entre os fiéis, mas entre os uberabenses e visitantes de outras cidades. Através do seu presidente, pastor Arasmindo Pereira da Silva, cumprimento toda a família Assembleia de Deus de Uberaba. Muito obrigado.

Política em destaque – Fiz questão de abrir esta edição da coluna com a homenagem da Assembleia de Deus por uma razão muito simples – e muito humana também.

Acontece que a homenagem foi um alento em meio a muita angústia, muitas dúvidas, e até uma profunda crise existencial.

A cruz… De um lado, a pressão popular para que a Câmara dos Deputados autorizasse a instauração de processo contra o presidente da República, Michel Temer. Perdi as contas das postagens feitas em meus espaços nas redes sociais, dos e-mails, das cartas, dos telefonemas… Uma boa parte recheada de pedidos educados, civilizados, mas outra parte recheada de grosserias, agressões verbais, algumas até, dignas de provocar rubor. …E a espada – De outro lado, porém, havia a certeza de que tirar mais um presidente da República em tão pouco tempo iria provocar uma desestabilização ainda maior no país, sem contar que  não resolveria a crise política. E mais: a economia, que mesmo a passos lentos começa a reagir à sua pior crise, estaria sob risco de regredir.

Aplausos X consciência – Pra muita gente pode parecer que a decisão era simples – fosse ela, ceder às pressões populares, fosse ela optar pela estabilidade econômica. Num polo, estava a garantia de aplausos, e no outro polo, a garantia da consciência tranquila.

Pelo Brasil – Após um longo tempo de reflexões e de debates, optei pelo Brasil – optei pelas medidas que tendem a reverter os 14 milhões de desempregos e milhares de famílias endividadas. Optei por colocar a cabeça no travesseiro e dormir com a certeza de ter cumprido minha função de agente público, comprometido com a Nação.

Denúncia adiada – Pesou também, nesta decisão, a certeza de que mais cedo ou mais tarde o presidente Michel Temer vai responder pelas denúncias na Justiça, inclusive com direito a se defender das acusações. O processo não foi extinto. O processo foi apenas adiado para depois que ele deixar o cargo. Enfim, com 263 votos a Câmara dos Deputados “prorrogou”, dia 02/08, a autorização solicitada pela Procuradoria-Geral da República para que o Supremo Tribunal Federal possa abrir processo criminal contra o presidente da República.

Sem hipocrisia – Não tenho razão nenhuma para defender Michel Temer enquanto pessoa física, mas tenho muita razão para preservar a instituição Presidência da República. Não sou hipócrita e não jogo pra galera. Meus votos são em defesa do Brasil.

Um abraço e até a semana que vem.

Marcos Montes recebeu homenagem especial da Assembleia de Deus de Uberaba, pelo apoio dado à viabilização do evento que mobilizou milhares de pessoas (Divulgação)

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