Junji quer acelerar registro de defensivos agrícolas genéricos

Deputado Junji Abe (SP) - Foto: Cláudio Araújo

O deputado Junji Abe (SP) defendeu, nesta terça-feira (11), durante reunião da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), maior celeridade no registro de defensivos agrícolas genéricos no Brasil. Segundo ele, pouco mais de 30% desses produtos são genéricos e pelo menos 400 produtos estão na fila para registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) sem previsão de liberação. “Apesar de custarem de 30% a 40% mais baratos, os genéricos ainda não foram introduzidos no mercado nacional, com o volume e agilidade esperados pelos produtores. Tudo por conta da burocracia decorrente da inexistência de uma política fitossanitária no país”, afirmou.

Segundo o parlamentar, a efetiva oferta de defensivos agrícolas genéricos no mercado é crucial para baratear os custos de produção no campo. “Precisamos de uma solução específica para o caso dos genéricos que têm de estar à disposição dos produtores o mais rápido possível”. De acordo com ele, a solução a curto prazo seria a alocação de cinco técnicos para área de registro do Mapa, a fim de desafogar a demanda pela liberação dos produtos. “No Paraguai, o registro de defensivos genéricos leva três meses. No Brasil, leva décadas e nem sempre sai. É inadmissível que a situação perdure diante da importância do agronegócio para o país”.

Em exposição feita durante reunião da FPA, Luiz Eduardo Rangel, do Mapa, apresentou um panorama da situação dos defensivos e a necessidade de definição de uma política fitossanitária para o país. No Brasil, 11 empresas respondem por 90,4 % do mercado de defensivos. Destas, oito são de especialidades e apenas três de genéricos. Dados do Banco Central, apresentados por Rangel, mostram que o preço de venda médio dos produtos convencionais supera em quase 2,5 vezes o de genéricos.

Em outras palavras, destacou Junji, os genéricos seriam 57,5% mais baratos que os convencionais. “Acontece que os produtores vêm sendo alijados do benefício de reduzir seus custos de produção por burocracia, desorganização. Puro desleixo governamental com o setor que segura as pontas da economia nacional”.

Da Assessoria

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