Júlio César defende ajuste de contas públicas para fortalecer setor produtivo

Deputado Júlio César (PI) - Foto: Cláudio Araújo

Deputado Júlio César (PI) – Foto: Cláudio Araújo

A crise econômica do país, os desafios e oportunidades para o setor industrial foram tema de audiência pública promovida, nesta quarta-feira (28), pela Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio (CDEIC). A reunião foi requerida pelo presidente do colegiado, deputado Júlio César (PI), que declarou não visualizar grandes mudanças em curto prazo. Ele analisou que melhorias nos diversos setores da economia estão atreladas ao ajuste das contas públicas.

“Nas grandes crises surgiram soluções inteligentes para a saída delas. Espero que nosso país encontre o caminho, mas em curto prazo não consigo ver isso acontecendo. Precisamos ajustar as contas públicas para que possamos investir no setor produtivo e, consequentemente, gerar empregos, renda e tributos para financiar nossos custos com obras e serviços que são efetuados com o dinheiro do contribuinte. Vamos apostar que a estratégia proposta pelo ministro da Fazenda seja eficiente.”

O diretor de Competitividade, Economia e Estatística da Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) analisou que para a retomada do crescimento dois fatores são essenciais. “O setor industrial teve queda de 35% nos últimos quatro anos e a situação está apenas se agravando. Com os bancos aumentando os juros e diminuindo créditos fica difícil criar oportunidades para o setor. No momento, os principais instrumentos que temos para voltar a crescer são o investimento na infraestrutura e o aumento da exportação.”

Carlos Gadelha, secretário de Desenvolvimento da Produção do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) apresentou seis pontos que, segundo ele, serão cruciais para a retomada do crescimento.

“Temos espaço para exportações. Precisamos de mais cooperação entre empresas, governo e agências. Uma nova visão de política industrial vai acontecer por meio da modernização das máquinas; da revisão da regulação das agências, com um padrão mais adequado a realidade e que não freie a produção; a redução de custos; o aumento nos investimentos; o fortalecimento da exportação; a adoção de novas estratégias empresariais; e a utilização racional dos recursos naturais.”

Carola Ribeiro

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