“Dos 5% aplicados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES), em crédito rural, cerca de 80% é destinado à estiagem no Sul. Enquanto a seca lá (Sul) dura 30 dias, no Nordeste duram até três anos. O banco investiu ano passado, no Nordeste, pouco mais de 10% de seus recursos para resolver o problema do produtor.”
A crítica do deputado Júlio César (PI) foi proferida, nesta quarta-feira (16), em audiência pública promovida pela comissão mista que analisa a Medida Provisória 707/15, que, entre outras ações, altera prazos para prescrição de dívidas rurais.
O parlamentar tornou a dizer que a limitação do semiárido nordestino é ocasionada por instabilidades climáticas, que acabam impedindo que o produtor rural pague suas contas. Ele ressaltou que esta medida provisória pode ser a solução definitiva para este problema.
“Com esta proposta, o governo suspenderá por um ano as execuções novas dos agricultores. Vamos (parlamentares) ainda, por meio de emendas, aprimorar o texto”, disse o parlamentar.
O superintendente do Banco do Nordeste do Brasil S/A (BNB), Zerbini Guerra, disse que “há mais de um milhão de contratos inadimplentes e os cem mil que foram renegociados”, o que para Júlio César, reforça a ineficácia da legislação atual para o setor.
Carola Ribeiro