No primeiro processo a que respondeu, com votação secreta, Donadon escapou. Nesta quarta, a votação é aberta. A primeira desde que deputados e senadores aprovaram uma emenda constitucional em 2013.
A Câmara vai decidir, em voto aberto, se cassa o mandato de um deputado. No primeiro processo a que respondeu, com votação secreta, Natan Donadon escapou.
De roupa branca, sem algemas, o deputado e presidiário Natan Donadon, sem partido, chegou ao Congresso no fim da tarde desta quarta-feira (12). Há quase oito meses, Donadon, cumpre pena na Penitenciária da Papuda, em Brasília.
Ele foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal a mais de 13 anos de detenção por desvio de dinheiro público da Assembleia Legislativa de Rondônia e formação de quadrilha.
Em agosto do ano passado, já cumprindo a pena, e mostrando a marca das algemas para os colegas, ele também participou da sessão da Câmara, com votação secreta, em que o número de votos foi menor que o necessário para cassar o mandato dele. Deputado, voltou para a papuda algemado, no camburão.
Nesta quarta-feira (12), o deputado Sérgio Zveiter, que foi Relator do primeiro processo que pediu a cassação do mandato, disse que espera um resultado diferente.
“Que a Câmara dos Deputados possa resgatar um erro histórico, que nós não podemos aceitar que um deputado condenado por peculato e formação de quadrilha permaneça com o título e com o cargo de deputado federal”, declara o deputado Sérgio Zveiter, do PSD-RJ.
A sessão começou no meio da noite desta quarta-feira (12), e o deputado Donadon acompanhou as discussões no Plenário. O advogado dele também falou. O atual relator, o deputado José Carlos Araújo, do PSD, defendeu a cassação, entre outros motivos, porque o mandado de um parlamentar presidiário, segundo ele, é uma ofensa ao decoro parlamentar. Nesta quarta, a votação é aberta. A primeira desde que o Congresso aprovou uma emenda constitucional no ano passado. Para que ele perca o mandato são necessários 257 votos.