JB Online: Nova manobra leva aliado de Cunha a vaga no Conselho de Ética

Carlos Bacelar (PR-BA) assumiu posto deixado por Sérgio Brito (PSD-BA)

O presidente do Conselho de Ética, deputado José Carlos Araújo (PSD-BA), fez duras críticas ao líder de seu partido na Câmara, deputado Rogério Rosso (PSD-DF), nesta terça-feira (23), depois de o líder abrir mão de indicar um novo nome para o Conselho e deixar a vaga para um aliado do julgado, o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Alegando motivos de saúde, Sérgio Brito (PSD-BA) renunciou ao assento no Conselho. A vaga passa a ser ocupada pelo deputado Carlos Bacelar (PR-BA). Então suplente no Conselho de Ética, Bacelar, assim como Eduardo Cunha, responde a processo de cassação de mandato no mesmo órgão. Mesmo na condição de suplente, Bacelar já havia votado, substituindo Brito, a favor do arquivamento do processo do presidente da Câmara.

Presidente do Conselho de Ética já havia sofrido, mais cedo, uma derrota no Supremo.

Nesta terça-feira, José Carlos Araújo (PSD-BA) teve negado pela ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), o pedido para que interviesse na decisão do 1º vice-presidente da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA). Antes do recesso parlamentar, Maranhão ordenou que o processo ao início. Na decisão do deputado aliado de Cunha, como houve troca do relator do processo em dezembro, quando o deputado Fausto Pinato (PRB-SP) foi substituído pelo deputado Marcos Rogério (PDT-RO), a análise da matéria no Conselho precisava ser retomada do início, com a reabertura de todos os prazos de defesa.

A ação de Cunha e de seus aliados estão fazendo com que o processo seja um dos mais demorados da Câmara. Há quase quatro meses o presidente do Conselho de Ética vem tentando colocar em votação o parecer do relator do processo. O peemedebista é acusado de mentir aos seus pares na CPI da Petrobras, ao negar que fosse titular de contas ocultas no exterior.

Além do processo no Conselho de Ética, Cunha enfrenta denúncias de corrupção e lavagem de dinheiro no Supremo Tribunal Federal. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou, também, um pedido de afastamento do deputado da Presidência da Câmara, alegando que ele usa o poder para ocultar informações e prejudicar as investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal.

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