Izar defende fim do uso de animais para pesquisas de cosméticos

O deputado Ricardo Izar (SP), presidente da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Animais, cobrou, nessa sexta-feira (18), a restrição do uso de animais para pesquisas do setor de cosméticos. O parlamentar destacou que, na noite da quinta-feira(17), ativistas de proteção animal retiraram do Instituto Royal, em São Roque (SP), cerca de 200 cachorros da raça beagle. Os animais, utilizados para pesquisas farmacêuticas, estariam sofrendo maus-tratos.

“O que aconteceu em São Roque é uma pena. Europa e Israel, por exemplo, já não permitem cosméticos que utilizem animais vivos para pesquisa. É uma tendência que o Brasil deveria seguir. Não é necessário maltratar um animal para obter um cosmético. Existem outras formas alternativas como pele e cabelo sintético”, defendeu o deputado.

Izar ressaltou a necessidade de que a Câmara altere a legislação e impeça que animais sejam utilizados como cobaias. Ele defendeu o direito dos consumidores em saber se o produto adquirido utiliza ou não animais como fonte de pesquisa para a sua confecção.

“É um tema que debatemos há algum tempo. Tenho um projeto, por exemplo, que institui o selo Brasil Sem Maus-Tratos (PL 4.586/12). Qualquer produto que não use animais terá esse selo e o cidadão poderá escolher”, afirmou.

O parlamentar adiantou que nessa semana, a Frente Parlamentar, em conjunto com organizações do setor, vai levar ao Ministério da Ciência e Tecnologia um pedido para a edição de uma portaria proibindo a utilização de animais em testes cosméticos. “Assim daremos celeridade ao processo”, concluiu Izar.

Luís Lourenço

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