G1 – Globo | Jornal Nacional: Renan quer reforma política e abuso de autoridade discutidos juntos

Presidente do Senado também quer incluir medidas anticorrupção.

Sugestão é criticada pelas duas comissões da Câmara.

O presidente do Senado, Renan Calheiros, do PMDB, quer que o Congresso discuta ao mesmo tempo a reforma política e as medidas de combate à corrupção.

E, no meio dessa discussão, Renan ainda quer incluir um terceiro projeto: o que pune o abuso de autoridade. Esta proposta, defendida por ele, é criticada por delegados, procuradores e juízes porque pode atrapalhar operações como a Lava Jato, que investiga Renan.

Eu entendo que a reforma política deve ser conjugada com as leis propostas de combate à corrupção, a reforma política e o abuso de autoridade. Eu acho que esse aperfeiçoamento, mais do que nunca, se faz necessário no Brasil, disse Renan.

Renan disse que já negociou com a Câmara discutir as propostas depois do segundo turno das eleições.

Mas o presidente da comissão da reforma política criticou a ideia de Renan de misturar as propostas, incluindo abuso de autoridade.

Isso não é um tema referente à reforma política. Isso é um tema referente a essas medidas anticorrupção. Então, se for para começar aqui na Câmara, deve começar nesta comissão, e não na reforma política. Reforma política vai tratar de reforma política, afirmou Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA). A proposta que aponta novas situações para abuso de autoridade estava parada desde 2011 no Congresso. Em junho, Renan mandou reiniciar a discussão com urgência. O Senado instalou uma comissão presidida por Romero Jucá, também do PMDB e outro investigado na Lava Jato. A proposta limita a atuação de autoridades como delegados, promotores, juízes, desembargadores e ministros de tribunais superiores. A ideia do presidente do Senado recebeu críticas também do presidente da comissão que analisa as dez medidas de combate à corrupção. Segundo Joaquim Passarinho, do PSD, não é possível juntar as duas votações e que o projeto de abuso de autoridade não é prioridade para boa parte dos deputados.

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