Responsável por cerca de dois milhões de empregos diretos e indiretos no país, o setor de eventos vive uma crise sem precedentes por conta da pandemia. Para sanar problemas e mitigar os prejuízos financeiros, a Frente Parlamentar Mista em Defesa da Produção Cultural e Entretenimento e a Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape) se reuniram nesta quarta-feira (10) para um café da manhã com deputados e senadores.
A reunião contou com a presença dos parlamentares pessedistas André de Paula (PE), Fábio Mitidieri (SE), Marx Beltrão (AL), Diego Andrade (MG), Neucimar Fraga (ES), Joaquim Passarinho (PA) e Ricardo Guidi (SC).
O setor de eventos – que inclui congressos, eventos esportivos, culturais, feiras de negócios, shows, festas, simpósios e espetáculos em geral – segue completamente paralisado desde o início da pandemia, em março de 2020. Falência, desemprego e queima de capital de giro são alguns dos problemas enfrentados pelos micros, pequenos, médios e empresários de grande porte. De acordo com o Sebrae, o setor de eventos é hoje responsável por faturar R$ 209,2 bilhões todos os anos.
“Nosso integral apoio a um setor tão importante que gera milhares de empregos e vem sofrendo tanto na pandemia”, disse no evento o deputado mineiro Diego Andrade.
Aos parlamentares, a frente e a Abrape apresentaram demandas prioritárias para reaquecer o setor: a criação de um programa, via governo federal, para atenuar as perdas monetárias; parcelamento de débitos em até 120 meses com a Receita Federal e redução de eventuais multas em 70% e amortização de 100% de encargos legais; alíquota zero, durante seis meses, para contribuições sociais como PIS/Pasep, Cofins, CSLL e ISS incidentes sobre as receitas decorrentes das atividades de eventos; além da oferta, pelas instituições bancárias, de linhas de créditos especiais.
“São inúmeros os profissionais que foram obrigados a parar as atividades, deixando suas empresas e famílias totalmente desamparadas. É necessário o retorno gradual dos eventos, respeitando os protocolos sanitários e com o olhar mais atento dos governos aos profissionais da área. O entretenimento, a cultura e o turismo são fundamentais para o desenvolvimento social do país”, destaca deputado Neucimar Fraga.
A frente parlamentar destacou ainda que não só os empreendedores são impactados, mas toda uma cadeia de fornecedores, prestadores de serviços, colaboradores e informais como ambulantes, músicos, iluminadores, seguranças, floristas, garçons, fotógrafos, cerimonialistas, barmans, montadores, buffets, técnicos de som, luz e imagem, cantores, DJs, agentes de limpeza, operadores de caixa, transportadores, carregadores.
Renan Bortoletto