Em comissão geral, Fábio Mitidieri aponta benefícios de remédios à base de Cannabis

O deputado Fábio Mitidieri (PSD-SE) defendeu, nesta quarta-feira (26), o projeto de lei de sua autoria que trata de medicamentos formulados com Cannabis (PL 395/15). O assunto foi discutido no Plenário da Câmara dos Deputados durante comissão geral.

Deputado Fábio Mitidieri (SE). Foto: Cláudio Araújo

O parlamentar destacou que o projeto vai ajudar a salvar vidas e a amenizar a dor de quem sofre com a Doença de Parkinson, o Mal de Alzheimer e crises epiléticas. Ele citou o caso da menina Maria Luísa, de cinco anos de idade, que mora em Aracaju (SE). A criança tem paralisia cerebral e tinha crises de epilepsia desde os três meses de idade.

“A mãe, Wanessa, e o pai, Eduardo, tinham um sofrimento muito grande de ver sua filha com paralisia cerebral, com epilepsia, chegando a ter 100 convulsões por dia. Ao descobrirem o uso de medicamentos à base de Cannabis, tiveram novamente uma esperança. Essa criança, depois de cinco meses de tratamento, hoje não tem nenhuma convulsão”, contou Mitidieri.

Esperança
A nutricionista Wanessa de Brito Lima Andrade, mãe da Maria Luísa, também participou da comissão geral desta quarta-feira. Ela contou que a luta da família começou na busca de tratamentos para tratar a epilepsia.

Segundo Wanessa, primeiro foi tentado o tratamento convencional, com a prescrição de antiepilépticos. Ela disse que a filha tomou mais de cinco antiepiléticos de vez, sem sucesso, sem conseguir tratar as crises.

“Estamos aqui não para falar em termos técnicos. Estamos aqui como um pai e uma mãe que se viram desesperados. Nós chorávamos dia e noite, não vivíamos praticamente”, contou a mãe. E acrescentou que, com o uso do canabidiol, houve “uma resposta muito satisfatória” para a filha.

Fábio Mitidieri destacou que, ao descobrirem o uso de medicamentos à base de Cannabis, os pais de Maria Luísa tiveram novamente uma esperança.

“Não foi só a criança que recebeu o direito à vida novamente, mas também o pai e a mãe, que puderam voltar a ser incluídos na sociedade e ganhar o direito de viver, porque têm a certeza de que podem deixar sua filha em casa com a tranquilidade de que ela não vai entrar em convulsão e de que sua vida não está em risco”, ressaltou o deputado.

Renata Tôrres

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