Covid-19: Francisco Jr ouve governadores representantes de consórcios regionais

Governadores representantes de consórcios regionais participaram de audiência pública, nesta quinta-feira (25), para discutir o panorama geral quanto aos impactos das medidas relacionadas ao enfrentamento do coronavírus. O relator da comissão mista, deputado Francisco Jr (GO), buscou entender como os gestores estão atuando frente à pandemia.

Francisco Jr (GO) em audiência pública com governadores na comissão mista; (Foto: Cláudio Araújo)

“Nossa intenção é fazer um diagnóstico, um raio x, para termos uma visão da ponta no combate da pandemia. Vocês apontaram questões como falta de medicamentos, os preços altos dos equipamentos para compra e a falta de mão de obra. Mas também gostaria de saber como está a transparência na divulgação dos dados e a testagem da população nos estados”, contextualizou Francisco Jr.

Para o governador do Mato Grosso, Mauro Mendes, os estados estão com dificuldades para inserir dados nos portais de transparência. “Existe um excesso de procedimentos e a falta de mão de obra porque muitos estão em trabalho emergencial ou afetados com a doença”, disse.

Mendes também é presidente do Consórcio Brasil Central, uma autarquia pública que representa o Distrito Federal e os estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Maranhão e Rondônia. “Os testes vamos aplicar até testar 20% da nossa população com 500 mil testes. Mas precisamos da renovação do contrato da locação do equipamento de teste de PCR pelo Ministério da Saúde”, disse.

Renato Casagrande, governador do Espírito Santo, enfatizou que o país precisa de uma coordenação central para alinhar as medidas de enfrentamento. “O problema de instabilidade no ministério, tem dificultado porque as equipes mudam muito. Também tem a mudança de pensamento entre o governo e os estados, pois isso dificulta tomar uma ação efetiva. Mas agora o que mais precisamos é medicamentos.”

Waldez Góes, governador do Amapá e presidente do consórcio dos estados da Amazônia Legal, criticou a falta de direção na compra de equipamentos. “No dia 13 de março, os nove governadores da região amazônica tomaram a iniciativa de comprar os respiradores já que se passaram 60 dias e o governo federal não fez a compra. Nós ficamos à mercê da relação canibal mercadológica, como todos viram. Acho que o governo tem mais condições de fazer essas compras de equipamentos e remédios para nós, podendo até reduzir dos nossos repasses.”

Os trabalhos da comissão mista estão previstos para encerrar em dezembro deste ano, quando acaba a vigência do decreto de calamidade pública no país. Semanalmente, o deputado Francisco Jr apresenta o relatório parcial dos trabalhos. Para acompanhar as reuniões e ter acesso aos relatórios parciais do colegiado, clique aqui.

Diane Lourenço

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