Para que os veículos autônomos e semiautônomos se tornem efetivamente viáveis no Brasil é preciso adequar as estradas e as sinalizações. A opinião é do deputado pessedista Hugo Leal (RJ). Uma audiência pública foi solicitada pelo parlamentar e realizada na Comissão de Viação e Transporte (CVT), no dia 22, para tratar do tema. “Antes de discutir o processo tecnológico, precisamos analisar a infraestrutura das vias”, destacou Hugo Leal.
Para Luiz Otávio Maciel Miranda, um dos palestrantes e membro do Fórum Global da Organização das Nações Unidas para a Segurança Viária, é preciso pensar em regulação. “Esta é uma grande oportunidade para o Brasil criar um marco regulatório. Nosso país já é o único da América Latina e caribe, a fazer parte do fórum da ONU. Agora precisamos ser ousados e criar uma política nacional de automação veicular”.
Esses veículos possuem sistema computacional com sensores que permitem serem conduzidos sem motoristas. O professor do projeto Veículo Autônomo, da Universidade Federal do Espírito Santos (UFES), Alberto Ferreira de Souza, é um dos pesquisadores que desenvolveu o carro chamado Iara. “Embora a tecnologia seja de ponta, ainda precisamos melhorar para que o computador fique mais inteligente.”
O coordenador-geral de Desenvolvimento e Inovação em Tecnologias Setoriais do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Eduardo Soriano Lousada, saudou a todos em nome do ministro Gilberto Kassab. Ele apresentou alguns modelos internacionais de automação. “Os sistemas autônomos já estão inseridos na nossa sociedade”, destacou.
“A autuação e fiscalização desses automotivos devem ser previstas em leis. Também existem itens de segurança previstos em portaria do Contran que precisam ser levadas em consideração. Já há um grupo de trabalho que se debruça sobre o assunto”, disse o analista de Infraestrutura, representando o Diretor do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), Daniel Mariz Tavares.
Diane Lourenço