A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara aprovou uma proposta do deputado Raimundo Santos (PSD-PA) que institui o Programa Nacional de Incentivo e Comercialização do Açaí (PNICA).
É o Projeto de Lei 3600/23, com o objetivo de desenvolver as cadeias produtivas do fruto. A implantação, a regulamentação e a coordenação do PNICA caberá ao Poder Executivo.
Conforme o texto aprovado no colegiado, o programa terá como princípios e diretrizes:
- ampliar a produção e o processamento do açaí;
- criar programas de treinamento da mão de obra;
- difundir o acesso a tecnologias e conhecimentos que melhorem as condições de trabalho e renda e a qualidade de vida dos produtores;
- promover o acesso facilitado a educação financeira, assistência técnica e sistema diferenciado de garantias para produtores;
- desenvolver incentivos para produção e processamento do açaí;
- fomentar ao associativismo nas cadeias de produção e processamento;
- incentivar a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico para garantir o aproveitamento econômico sustentável do setor; e
- fomentar o desenvolvimento econômico e social sustentável dos estados e municípios.
O PL prevê parcerias entre entidades públicas (federais, estaduais e municipais) e com o setor privado. Além de prever recursos orçamentários em ações do governo, o texto sugere a criação de linhas de crédito específicas.
Produção no Pará
“O Brasil responde por 85% da produção mundial de açaí, e o Pará concentra a maior parte da safra regular [mais de 90%]”, informa Raimundo Santos. Outros nove estados também produzem açaí no Brasil: Amazonas, Acre, Amapá, Maranhão, Rondônia, Alagoas, Bahia, Espírito Santo e Tocantins.
“O açaí é consumido de variadas formas, puro ou com misturas, e traz benefícios à saúde no controle do colesterol e da pressão arterial, na prevenção de doenças degenerativas e na redução do risco de câncer”, ensina o parlamentar.
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e agora será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Carlos Augusto Xavier, com informações da Agência Câmara de Notícias