A Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 3601/23, do deputado Raimundo Santos (PSD-PA), que institui o Programa Nacional de Incentivo e Comercialização do Dendê (PNICD). A ideia é promover o desenvolvimento das cadeias produtivas do dendê no Brasil.
O parlamentar ressalta que o País tem quase 75 milhões de hectares de terras aptas à dendeicultura, com destaque para o Pará, a Bahia e o Amapá, que já são os principais estados produtores.
“O Brasil dispõe do maior potencial mundial para a produção do óleo de dendê”, destaca o autor da proposta.
Segundo o deputado paraense, a importância econômica do óleo de dendê extrapola o conhecido uso culinário.
“Hoje é empregado como biocombustível, na proteção de chapas de aço, na fabricação de sabão, velas, graxas, artigos vulcanizados e na produção de gorduras vegetais”, exemplifica.
O relator, deputado Gabriel Mota (Republicanos-RR), recomendou a aprovação da proposta. Ele afirma que a cultura do dendê é importante na geração de emprego e de renda em diversas localidades, sobretudo da região Norte.
“No entanto, ainda é pouco explorada em relação ao potencial existente”, acrescenta.
Objetivos
A proposta estabelece princípios e diretrizes para o programa, visando:
– ampliar a produção e o processamento;
– treinar mão de obra empregada nas cadeias produtivas;
– ampliar o acesso de produtores à educação financeira e à assistência técnica;
– estimular o associativismo e o desenvolvimento econômico e social sustentável nas regiões produtoras; e
– promover pesquisas e o desenvolvimento tecnológico no setor.
O projeto de lei também autoriza a criação de parcerias com entidades públicas e privadas, a destinação de recursos e a abertura de linhas de crédito específicas para os produtores do dendê.
O Poder Executivo deverá regulamentar o programa.
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e ainda será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Agência Câmara de Notícias