Para ampliar as matrizes energéticas que geram menos impactos ambientais, em 2002, o governo brasileiro criou o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa). São geradoras como a eólica, solar, geotérmica, entre outras. Na Câmara, o deputado Charles Fernandes (BA), destacou que o país ainda pode avançar nessa questão. “Temos ventos abundantes em todo o Brasil, sobretudo na Bahia e em todo Nordeste.”
Atualmente, o Brasil gera através de energia eólica 13,01 gigawatts, o suficiente para abastecer cerca de 24 milhões de residências. A perspectiva é que até 2020, o Brasil possuirá capacidade de geração de energia eólica de 17 gigawatts. Até 2023, mais 213 parques eólicos entrarão em operação no Brasil. Os dados são da Associação Brasileira de Energia Eólica, que listou 518 parques eólicos no país em 2017.
“Esses números crescem a cada ano. Entre 2016 e 2017, houve um crescimento de 20% na geração desse tipo de energia. Em 2015, por exemplo, entraram em operação mais de cem usinas eólicas no país, com investimentos na ordem de R$ 20 bilhões e 41 mil trabalhadores contratados”, ressalta Charles Fernandes.
O estado da Bahia é a segunda unidade da federação que mais possui parques eólicos. Ao todo são cem unidades em funcionamento, ficando atrás apenas pelo Rio Grande do Norte, que dispõe de 137 desses parques em operação. “Essas usinas eólicas representam 55% da energia consumida no Nordeste. Em outras palavras, estamos gerando energia totalmente sustentável e limpa para muitos cidadãos brasileiros.”
Para o parlamentar, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, deve dar prioridade para os parques eólicos no país. “Este é um tema atual e extremamente relevante para que o país entre, definitivamente, em um nível de desenvolvimento socioeconômico ambiental nunca visto. Os ventos estão soprando a favor dessa matriz energética. A energia eólica é o futuro do Brasil”, defendeu o parlamentar.
Diane Lourenço