Foi publicada nessa sexta-feira (11) no Diário Oficial da União (DOU) a Lei 13.802, de 10 de janeiro de 2019, que Institui o Julho Amarelo, em todo o território nacional, quando serão efetivadas ações relacionadas à luta contra as hepatites virais. Esta Lei é originada do PL 3870/2015 de autoria do deputado federal Marcos Reátegui.
No ano de 2010, a Organização Mundial de Saúde (OMS) determinou que o 28 de julho fosse considerado o Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais. Essa decisão adveio de sugestões de autoridades brasileiras engajadas no combate a essas moléstias.
Com o apelo de Reátegui, o Julho Amarelo já havia sido adotado pelo Ministério da Saúde para lembrar a população da importância do diagnóstico e tratamento da doença. Mas, a medida não tinha ainda virado lei.
O deputado federal Marcos Reátegui que é, desde 2017, presidente da Frente Parlamentar Mista de Combate às Hepatites Virais comemorou. “Agora, o combate à doença torna-se, oficialmente, uma política de governo. A hepatite é um mal silencioso com impacto enorme no doente e na saúde pública”, disse.
O parlamentar foi o responsável por facilitar para a população a realização do teste que diagnostica a doença nas unidades de sáude. “O maior desafio hoje é a falta de conhecimento. E o exame é rápido. Em dois minutos a pessoa fica sabendo se está infectada ou não. Os sintomas podem ser confundidos facilmente com um mal estar, então, é imprescindível que façamos campanhas”, explicou Reátegui.
A OMS estima que haja pelo menos 400 milhões de pessoas infectadas cronicamente pelos vírus das hepatites B e C, além de 1,4 milhão de pessoas infectadas anualmente pelo vírus da hepatite A. A organização também informou que se acredita que 57% dos casos de cirrose hepática e 78% dos casos de câncer hepático estão relacionadas, diretamente, aos vírus da hepatite B e C.
No Brasil, o Ministério da Saúde estima que três milhões de pessoas estejam infectadas e não sabem. A hepatite A se transmite por meio de água e alimentos contaminados pelo vírus ou por contato com doentes. Já a B e a C se transmitem por contato com o sangue contaminado ou por relações sexuais desprotegidas. Na rede pública, há vacinas para as hepatites A e B.
A doença
As hepatites virais são enfermidades infecciosas que atacam o fígado e são classificadas como A, B, C, D e E (no Brasil, as mais comuns são as três primeiras).
Hepatite A – transmissão é fecal-oral, por contato entre indivíduos ou por meio de água ou alimentos contaminados pelo vírus
Hepatite B – está presente no sangue, no esperma e no leite materno. É considerada uma doença sexualmente transmissível. Pode ser passada também pelo compartilhamento de material de higiene pessoal (escova de dente, lâminas de barbear, etc) e pelo compartilhamento de agulhas.
Hepatite C – Transfusão de sangue, compartilhamento de material para uso de drogas, da mãe para o filho durante a gravidez e sexo sem camisinha.
Hepatites D, E e G – são as mais raras e são transmitidas pelo sangue.
Sintomas
Dor abdominal, tontura, cansaço generalizado, enjoo e/ou vômitos, perda de peso, pele e olhos amarelos, urina escura e fezes claras.
Prevenção
Fazer sexo seguro (com preservativo), não compartilhar seringas nem material de uso higiênico pessoal, grávidas precisam fazer os exames pré-natal, lavar as mãos antes de comer e depois de ir ao banheiro, higienizar verduras e legumes corretamente.
Assessoria de comunicação