Em audiência pública, o deputado Geraldo Thadeu (MG), presidente da Comissão de Minas e Energia (CME), questionou a presidente da Petrobras, Graça Foster, sobre a influência do mercado nos prejuízos que a estatal brasileira teve na aquisição da refinaria de Pasadena (EUA) por US$ 1,25 bilhão e, que segundo Graça, resultou em perda para a empresa de US$ 530 milhões.
“Considero que a aquisição de uma refinaria de grande porte pode ser um negócio de risco dependendo do mercado. Se a situação econômica está em alta, o valor da refinaria, independente de sua infraestrutura, está em alta; se está em baixa, o valor cai”, apontou o parlamentar.
A presidente da Petrobras confirmou a situação apontada por Thadeu. Graça ressaltou que desde 2006, período posterior ao negócio de Pasadena, houve queda das margens de refino mundial e a diminuição, em quase um milhão de barris, do consumo de derivados de petróleo no mercado norte-americano.
“Olhando hoje para o negócio, realmente não foi bom. A época poderia ser considerado potencialmente bom. Tomamos decisões na Petrobras com a ajuda de nossa inteligência que faz projeção de margens de mercado. Você toma a decisão e assume o risco”, respondeu.
Graça adiantou que não há uma expectativa para a retomada do consumo de produtos derivados. Ela reforçou que a Petrobras tem novos projetos, maiores que Pasadena, que poderão recuperar o valor perdido. “Investimos R$ 48 bilhões em 2013. Somos os maiores investidores entre empresas de capital aberto do mundo”. Ela explicou que as prioridades da estatal para a próxima década será a exploração do Pré-sal e instalação de refinarias no país.
Luís Lourenço