O deputado Delegado Éder Mauro (PA) participou nesta terça-feira (1) de audiência pública na comissão parlamentar de inquérito (CPI) que investiga crimes cibernéticos. Na pauta de discussões, a suspensão do serviço de whatsapp, durante 48 horas, em dezembro de 2015, no Brasil.
O Ministério Público, com base no Marco Civil da Internet, havia solicitado colaboração da empresa responsável pelo aplicativo, na investigação de um processo criminal que corre sob sigilo. O problema aconteceu porque a empresa não atendeu o pedido. E por isso uma determinação do Tribunal de Justiça de São Paulo suspendeu os serviços do whatsapp.
Delegado Éder Mauro cobrou mais seriedade das empresas que se negam a ajudar nas investigações de casos importantes. “Não se pode prejudicar mais de 100 milhões de pessoas por conta de alguns que se negam a passar informações primárias, que por lei não são sigilosas”, argumentou.
O debate contou com a presença do Delegado Fabiano Fonseca Barbeiro, do Departamento de Investigações Criminais de São Paulo (DEIC/SP). Ele explicou que a sonegação de informações torna os processos mais lentos. “Esbarramos na falta de boa vontade dos gestores das grandes empresas dessas plataformas.”
Bruna Marques