As más condições da infraestrutura no Jardim Zoológico do Rio de Janeiro motivou o deputado Alexandre Serfiotis (RJ) a solicitar (Requerimento 104/15) audiência pública para ouvir esclarecimentos das autoridades responsáveis sobre as medidas tomadas para resolver o problema. O pedido foi aprovado, nesta quinta-feira (29), pela CPI que apura casos de maus-tratos a animais.
“No início do ano, o Ministério Público Federal expediu recomendações à prefeitura do Rio de Janeiro para que a infraestrutura do zoológico fosse melhorada, de acordo com exigências do Ibama. Sabemos que a instituição tem mais de 70 anos e que vem enfrentando esse problema há algum tempo. Essas condições inadequadas prejudicam a qualidade de vida dos mais de dois mil animais”, afirmou Serfiotis.
Ainda segundo o parlamentar, “a audiência é necessária para conhecermos as providências que foram tomadas após a notificação e, quais ações podem ser adotadas para que esses problemas não persistam.”
Outros três requerimentos (106, 107 e 108/15) do presidente da CPI, deputado Ricardo Izar (SP), também foram aprovados pelo colegiado. Os documentos solicitam informações sobre o naufrágio de um navio com cerca de cinco mil bois, no cais do porto de Vila do Conde (PA).
O parlamentar quer informações sobre a existência ou não de autorização para que a embarcação atracasse no porto; o nome do responsável pela operação; data em que foi realizada a última vistoria da embarcação; a existência, ou não, de processo de adaptação para o transporte de animais; o nome do comandante responsável com número e data de validade da carta de Arrais e toda documentação referente ao navio e ao capital de posse da Marinha.
Izar requereu ainda cópia do processo policial sobre o caso. “Diversas matérias de emissoras de televisão no mundo revelaram o naufrágio do navio cargueiro, de bandeira libanesa. O caso chocou a todos os que assistiram a cena de afogamento dos animais que ali estavam. Essas informações vão contribuir para o relatório final do colegiado.”
A CPI decidiu ainda prorrogar o prazo dos trabalhos até 24 de dezembro.
Carola Ribeiro