Nesta terça-feira (6), parlamentares e centrais sindicais discutiram, em comissão geral, quais projetos em tramitação são prioridade para a classe trabalhadora. Durante o evento, o deputado Roberto Santiago (SP), vice-líder do PSD, participou de reunião com o presidente da Casa, Henrique Alves (PMDB-RN), e informou que a proposta de sua autoria, que mantém a atual política de valorização do salário mínimo (PL 7.185/14), será apreciada na próxima semana.
Santiago destacou o papel do PSD e da União Geral dos Trabalhadores (UGT) no processo de negociação. “Só na Comissão de Constituição e Justiça há mais de 150 projetos da classe parados. Vamos buscar um consenso. É evidente que situações como a redução da jornada de trabalho e o fim do fator previdenciário serão um embate. O posicionamento do presidente em pautar meu projeto favorece nossa atuação (PSD e UGT) em busca de melhorias para os trabalhadores”, avaliou.
O debate incluiu pleitos como a igualdade de homens e mulheres no trabalho; o fim do fator previdenciário; a negociação coletiva no serviço público; e a destinação de 10% do Produto Interno Bruto para a educação, entre outros.
Para Ricardo Patah, presidente da UGT, alguns itens da pauta, se aprovados, vão mudar a cultura social do país. “O Brasil só vai mudar quando tivermos inclusão social e consciência crítica de toda a sociedade, o que só ocorrerá com mais investimentos em educação. Além disso, a ratificação da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que proíbe a demissão sem justa causa, mudará a rotatividade exagerada que vivemos atualmente”.
Os deputados Moreira Mendes (RO), líder do PSD, Guilherme Campos (SP), ex-líder do partido, e Ricardo Izar (SP) também participaram da reunião com Henrique Alves.
Carola Ribeiro