Santiago: precisamos dar garantias aos profissionais das mídias alternativas

“Os jovens que trabalham nas mídias alternativas estão à margem das políticas públicas de assistência ao trabalhador”. A colocação foi feita pelo presidente da Comissão de Trabalho, Administração e de Serviço Público, deputado Roberto Santiago (SP), durante debate sobre a situação informal dos trabalhadores das mídias alternativas. O parlamentar destacou que, a audiência realizada, nessa quarta-feira (4), teve dois focos iniciais: o primeiro nas garantias trabalhistas e previdenciárias, e o outro em estratégias para garantir recursos para esses coletivos.

“Hoje, se esse jovem vai, por exemplo, fazer uma cobertura para sua mídia social e sofre um acidente, não tem garantia alguma. Em primeiro lugar devemos permitir que eles tenham acesso ao sistema previdenciário. Depois, precisamos pensar na melhor forma de organizá-los juridicamente. Essas mídias vieram ao encontro da criação de novos empregos, uma vez que o crescimento industrial diminuiu a procura por mão de obra. Esses movimentos surgem, então, como um novo modelo para criação de postos de trabalho para nossos jovens”, frisou Santiago.

Representantes dos movimentos Coletivo Fora do Eixo, Mídia Ninja e Grupo Rede Livre destacaram que a filosofia dessas mídias nasceu da necessidade de mudanças no atual sistema capitalista. Eles defendem esse novo formato de trabalho e a distribuição dos lucros de forma equânime.

Após a audiência, o parlamentar reuniu-se com o secretário-executivo do Ministério da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas, e levantou a questão previdenciária desses trabalhadores alternativos. O secretário prometeu vir à Câmara na próxima semana para ampliar o debate junto aos parlamentares e os representantes das mídias alternativas.

Carola Ribeiro

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