“O senhor Reginaldo Castro não soube explicar como os investimentos, feitos em truste por Eduardo Cunha, e o patrimônio dele garantiram a movimentação do cartão de crédito na Suíça para pagamento de serviços e hotéis. Ele disse que não tinha conhecimento dessas informações e eu disse a ele que o objetivo de um truste é proteger o patrimônio contra circunstâncias inesperadas em seu país de origem; investir de forma anônima; proteger e preservar.”
O deputado Sandro Alex (PR) participou, nesta quarta-feira (11), de audiência no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar (Coética), que ouviu Reginaldo Oscar Castro, advogado de Cunha e testemunha de defesa no conselho. O parlamentar, que também é primeiro vice-presidente do colegiado, o questionou ainda sobre a omissão dessas informações, por parte de Cunha, ao Banco Central e à Receita Federal.
“Embora ele afirme não ter contas e patrimônios fora do país, o ministério público da Suíça disse que vai enviar esse dinheiro de volta para o Brasil, por pertencer a Eduardo Cunha”, frisou Sandro Alex.
Reginaldo disse que os pagamentos de serviços e compras foram efetuados no cartão de crédito da esposa do representado. E, afirmou em vários momentos que o truste pode ser utilizado em despesas para garantir o bem estar dos beneficiários, em caso de morte ou revisão deste contrato.
A próxima reunião do conselho, amanhã (12), deve ouvir outra testemunha em defesa de Cunha, o senhor Didier de Montmollin.
Carola Ribeiro