Em 2017, a mídia nacional noticiou o caso de um homem que foi flagrado ejaculando em uma passageira de ônibus na Avenida Paulista, em São Paulo. O rapaz foi preso e liberado 24 horas depois, pois o juiz entendeu não se tratar de estupro e sim de um atentado ao pudor. Indignado com o caso, o deputado Goulart (SP) apresentou projeto prevendo punição para esse tipo de situação. “Homem que não respeita mulher tem que ser preso, tem que pagar por isso”, argumentou o parlamentar na época.
Nesta segunda-feira (24), importunação sexual e divulgação de cenas de estupro viraram crime previstos na Lei 5.452/18. A medida foi sancionada pela Presidência da República e acatou proposta (PL 8477/17) do deputado Goulart (SP). A pena pode variar de um a cinco anos de prisão. No projeto, Goulart propôs sanções àqueles que forem flagrados praticando ato libidinoso em espaço público, como masturbação, por exemplo.
Para o deputado, a lei chega em um momento crucial para a sociedade brasileira. “O que as mulheres precisam é que paremos de prestar mais atenção nas suas roupas do que nos seus discursos. Nenhuma mulher quer flores e um salário inferior ao do colega, nenhuma mulher quer flores e conviver com assédios diários”, disse.
A pena também será aplicada para quem vender ou divulgar cenas de estupro por fotografia, vídeo ou qualquer registro audiovisual. Caso seja confirmado relação afetiva com a vítima, a pena do agressor pode ser ainda maior.
Fonte: Renan Bortoletto