Localizada a 600 quilômetros de Belo Horizonte, Salinas é conhecida pela qualidade do requeijão e da carne de sol, mas nada lhe dá mais notoriedade do que as famosas cachaças. Da branquinha, da amarela, com sabor especial, fraca ou forte, não importa: Salinas produz cachaça para todos os paladares.
Em reconhecimento a esta tradição que perpassa as gerações, a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) aprovou nesta terça-feira (15) o Projeto de Lei 8468/17, de autoria da deputada Raquel Muniz (MG) que confere o título à cidade. A proposta também já havia sido aprovada, em 2017, pela Comissão de Cultura (Ccult).
“O sabor da nossa cachaça é internacional, é a melhor cachaça. Só de saber que no próximo festival já teremos esse selo, esse reconhecimento, nos dá muita alegria e motivação para levar este título aos quatro cantos do mundo”, disse a deputada.
Raquel Muniz lembrou ainda que o título de Capital Nacional da Cachaça “fortalece a economia local e atrai investimentos para a região”. Atualmente, Salinas conta com mais de 50 marcas e produz, por ano, mais de 15 milhões de litros de cachaça.
História de Salinas
Com pouco mais de 42 mil habitantes, Salinas realiza todos os anos o Festival Mundial da Cachaça. No ano de 2012 foi inaugurado o Museu da Cachaça no antigo aeroporto da cidade, composto por oito salas que incluem rico acervo de garrafas e moinhos que remontam um passado ligado à sociedade do açúcar, plantação, colheita e moagem da cana.
A cachaça é uma das mais importantes atividades econômicas de Salinas, e tem sido um dos pilares para a estruturação turística do município.
Renan Bortoletto