O deputado Rogério Rosso (DF), presidente da comissão especial que analisa o impeachment de Dilma Rousseff (PT), afirmou na segunda-feira (21), durante a segunda reunião do colegiado, que seu maior objetivo é conduzir com cautela e lisura os trabalhos da comissão.
“Temos de nos ater à Constituição, observar os artigos recepcionados pelo Supremo Tribunal Federal neste rito e respeitar o regimento interno da Casa. É importante também que afastemos qualquer procedimento sem fundamento legal”, avaliou Rosso.
O parlamentar agiu de forma rigorosa com relação ao tempo dado para os demais deputados fazerem o uso da palavra. A cada questão de ordem concedida, outro deputado pôde contraditar a posição anteriormente exposta.
Rosso lembrou ainda que há muitas mudanças desde o rito do impeachment aprovado em 92 contra o ex-presidente Fernando Collor, mas deixou claro que o objetivo é dar uma resposta o mais rápido possível à sociedade brasileira.
“Temos que evitar a judicialização, para que não tenhamos que protelar as decisões da comissão. Até o final da primeira quinzena de abril, mantido os prazos, é possível levar o relatório para o plenário”, projetou.
Um possível aditamento de provas ao processo original, em especial a delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) que cita um suposto envolvimento de Dilma no esquema de corrupção da Petrobras, prevaleceu nas questões de ordem apresentadas pelos parlamentares.
Em resposta, Rosso afirmou que todas as questões de ordem serão respondidas com o suporte dos consultores da Câmara. Em seguida, o deputado encerrou a reunião por conta do início da ordem do dia no plenário. Uma nova sessão foi convocada para hoje (22), a partir das 11h.
Ontem (21), Rogério Rosso anunciou oficialmente, durante a reunião de líderes, que se afastará temporariamente das atribuições de liderança da bancada do PSD para poder se dedicar integralmente às funções da presidência da comissão do impeachment.
Renan Bortoletto