Deputado Rômulo Gouveia (PB) – Foto: Heleno Rezende
Furtos, homicídios, tráfico de drogas e outros temas relacionados à segurança pública deram o tom do discurso de grande expediente do deputado Rômulo Gouveia (PB), nessa terça-feira (15). O vice-líder do PSD acredita que a área passa por um momento desafiador e destacou números alarmantes em relação à violência.
“Dados do Datafolha, divulgados no ano passado, apontam que a cada dez minutos uma pessoa é assassinada no Brasil. Em 2013, foram registradas 53.646 mortes violentas e essa violência parece estar fora de controle, pois os índices são crescentes. Em 2010, foram 43.276 mortos; em 2011, 48.048; e em 2012, 53.054 registros.”
O parlamentar relatou ainda que, segundo estudo da Organização das Nações Unidas (ONU), só em 2013, foram registrados mais de 50 mil casos de estupro no país. “Nesse ponto, vale destacar que nem todos os casos são registrados porque, em média, 35% das vítimas omitem o fato. O estudo também mostra que o Brasil é um dos mais violentos quando o assunto é homicídio. Os números de registro de roubos formalizaram, no mesmo ano, mais de um milhão de denuncias. A situação é realmente alarmante.”
Gouveia cobrou novas políticas públicas para melhorar o sistema carcerário e avaliou que a aprovação, em segundo turno, da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 300/08, que estabelece o piso salarial para os policiais militares, civis e bombeiros militares, pode melhorar significativamente o setor.
“O tráfico de drogas é um dos males que assola nossa sociedade, pois somos vizinhos de grandes produtores como a Colômbia, Bolívia e Peru. Preocuparmo-nos com isso é também sermos coerentes com a remuneração dos agentes. Somos a sétima maior economia do mundo com policiais atuando com baixa remuneração, em condições precárias e com treinamento inadequado.”
Deputado Delegado Éder Mauro (PA)
O parlamentar foi aparteado pelo deputado Delegado Éder Mauro (PA), que contou um pouco de sua experiência como agente público e fez considerações. “Vivi 30 anos nas ruas fazendo a segurança no Pará. Digo com sinceridade que investimos muito pouco em segurança pública. O crime organizado tem tomado conta das nossas cidades e, por isso, é necessário armar também o cidadão de bem. Precisamos cuidar melhor de nossas fronteiras, que é por onde armas e drogas entram no país sem fiscalização alguma.”
Carola Ribeiro