Maior participação dos clubes brasileiros na distribuição dos lucros das loterias esportivas foi um dos pontos defendidos pelo deputado Evandro Roman (PR), nesta terça-feira (19), em audiência pública realizada pela comissão mista que analisa a Medida Provisória 671/15. A proposta institui o Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro, o Profut.
Para ele, a Caixa Econômica Federal (CEF) – responsável pela administração das loterias no país – precisa rever o percentual rateado entre órgãos do governo e os clubes de futebol. “O que fica para o esporte em si é muito pouco e não alivia os cofres das agremiações. Temos o exemplo da Mega-Sena em que 40% da arrecadação fica com o banco, pouco mais de 32% é o prêmio pago ao ganhador e o restante é distribuído entre fundo penitenciário, comitê olímpico brasileiro, comitê paraolímpico, clubes e outros”, explicou.
O deputado afirmou ainda que é a favor da criação de uma nova loteria esportiva com condições mais favoráveis aos clubes brasileiros. “Mas que seja destinado o que realmente é de direito dos clubes. A distribuição tem que ser feita de acordo com o tamanho das torcidas. Aí sim você estará ajudando a instituição a crescer.”
Roman também acredita que uma nova legislação deve ser pensada para as agremiações do futebol. “Sou favorável a que os clubes sejam vistos como empresas, mas é necessária uma legislação diferenciada. Clubes não são bancos. Precisamos dar condições de gerência e planejamento a eles”, disse.
Renan Bortoletto