O grupo de trabalho que debate a reforma política decidiu, nesta quinta-feira (05), que vai propor o fim da reeleição para cargos do Executivo e a coincidência de mandatos. O PSD, representado pelo deputado Guilherme Campos (SP), ex-líder do partido, foi um dos defensores da proposta. Ambas as decisões, se aprovadas, só serão válidas a partir de 2018. “A bancada defende esses temas. A coincidência de mandatos, por exemplo, tem vantagens de ordem econômica e praticidade”, declarou.
As eleições ocorrem atualmente a cada dois anos. Se aprovada a junção dos pleitos políticos, prefeitos e vereadores eleitos em 2016 cumprirão “mandato tampão” até 2018. Campos ressaltou, no entanto, que “nossa democracia é muito jovem, e colocar todas as escolhas de uma única vez pode apresentar perigos para a governabilidade”.
O fim da reeleição para cargos do Legislativo ainda será debatido pelo colegiado. Segundo o deputado, na próxima semana será debatido a duração dos mandatos. Ele entende que, com o fim da reeleição, a atual, de quatro anos, “é exígua e precisa ser alterada para que a decisão seja acertada”. O grupo de trabalho defende a alteração para cinco anos.
O colegiado volta a se reunir na próxima quinta-feira (12). Além da duração do mandato, será colocada em pauta a fidelidade partidária. O PSD defende o fim das coligações proporcionais para 2018.
Luís Lourenço